McDonald’s no centro do escândalo de “sexo por turnos”. 700 trabalhadores lançam acusações de assédio

A cadeia de fast food McDonald’s enfrenta um escândalo no Reino Unido, com mais de 700 trabalhadores, entre atuais e ex-funcionários, a apresentar queixas de assédio sexual e má conduta em várias filiais.

As acusações incluem relatos de comportamento inapropriado por parte de gerentes, pedidos de favores sexuais em troca de turnos e episódios de toques indesejados durante o horário de trabalho, revela a ‘BBC’.

Um dos casos mais graves envolve “Claire” (nome fictício), que começou a trabalhar numa unidade em West Midlands aos 17 anos. A jovem relatou que um gerente, com cerca de 30 anos, lhe pediu favores sexuais para garantir turnos adicionais. Quando tentou denunciar o caso, foi aconselhada a “engolir firme”. “Foi totalmente inapropriado. Não esperava que algo assim acontecesse”, afirmou.

Outra ex-funcionária revelou ter recebido imagens explícitas de um gerente, enquanto um trabalhador de 16 anos denunciou episódios de bullying e maus-tratos. As alegações remetem a incidentes ocorridos após novembro de 2023, apesar das promessas da empresa de melhorias nas condições de trabalho.

Alistair Macrow, presidente executivo do McDonald’s no Reino Unido, afirmou durante uma audiência no Comité de Negócios e Comércio do parlamento britânico que as denúncias são “abomináveis e inaceitáveis”, revela a mesma fonte. Desde novembro de 2023, a empresa já recebeu 75 queixas formais de assédio sexual, das quais 47 resultaram em medidas disciplinares e 29 em demissões.

O McDonald’s afirma estar a implementar medidas para eliminar o assédio nas suas unidades. Entre elas, destaca-se a criação de uma equipa dedicada à gestão de incidentes de má conduta, com o apoio de especialistas externos. A empresa reitera o compromisso de adotar práticas líderes no setor para garantir a segurança de todos os colaboradores.