Máscara, óculos e bata. Nadadores-salvadores podem vir a ter novos equipamentos
A duas semanas do arranque da época balnear, a 6 de Junho, o director do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) revelou à rádio “TSF” que os nadadores-salvadores poderão vir a ter de usar óculos, bata e máscara.
O comande Velho Gouveia explicou que existem «alternativas» à «prestação de Suporte Básico de Vida, nomeadamente a utilização de um kit de oxigénio ou de bombas manuais».
Referindo-se às bombas, o comandante Velho Gouveia explicou que, para ser utilizada, é preciso que estejam presentes dois nadadores-salvadores, uma situação que diz ser «fácil de resolver». Já a máscara será utilizada desde que não constitua um «obstáculo», assim como o uso de óculos e uma bata.
O director do ISN revelou que as normas, recomendações e protocolos serão publicadas «nos próximos dias».
Ainda em declarações à “TSF”, o comandante entende que os nadadores-salvadores não devem estar ocupados a verificar a lotação das praias. Isso «não é desejável», uma vez que a sua função, justificou, é «salvar vidas, estar atento à praia e fazer vigilância». Admitiu, ainda assim, que isso possa vir a acontecer, sem adiantar em que «moldes».
Este ano, o ISN vai ter 32 viaturas de vigilância nas praias, mais duas do que no ano passado. Tratam-se de dois jipes entregues aos Açores e à Madeira, que começam a ser distribuídas pelas praias a partir da próxima sexta-feira, dia 29 de Maio.
Portugal, recorde-se, regista já 1.263 mortes associadas à Covid-19 e um total de 29.660 infectados, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.
O país entrou no dia 3 de Maio em situação de calamidade devido à pandemia de Covid-19, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março. Esta nova fase prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância activa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
A nível global, segundo a Universidade de John Hopkins, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 328 mil mortos e infectou cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.