Mário Machado prepara-se para pedir asilo político aos EUA (e quer captar a atenção de Elon Musk)

Mário Machado, conhecido militante da extrema-direita em Portugal, afirmou estar a dar início aos procedimentos legais para solicitar asilo político nos Estados Unidos. A decisão surge após uma condenação de 2 anos e 10 meses de prisão efetiva, que considera ser motivada por razões políticas. Em causa está um tweet publicado por Machado em que escreveu: “prostituição forçada para gajas do Bloco”.

Em declarações ao Correio da Manhã, Mário Machado explicou que a sua estratégia inicial passa por atrair a atenção do empresário Elon Musk através do Twitter. Segundo o militante, Musk tem-se mostrado um defensor da liberdade de expressão nas redes sociais e poderá desempenhar um papel relevante, caso integre o governo de Donald Trump, a quem Machado se refere como o “novo presidente norte-americano”.

“Ele (Elon Musk) dá apoio jurídico e legal às pessoas. Há o caso do ativista Tommy Robinson (um militante de extrema-direita inglês) e outras situações semelhantes. O meu caso está a chegar ao conhecimento dele através de milhares de partilhas no Twitter, onde o estão a identificar”, explicou.

Enquanto aguarda o resultado do recurso que apresentou ao Tribunal Constitucional – entregue no dia de hoje –, Mário Machado afirmou estar já a analisar formas de formalizar o pedido de asilo político.

“A lei diz que o requerente tem de estar numa porta de entrada do território norte-americano, como uma embaixada ou um aeroporto, para apresentar o pedido. Estamos, eu e o meu advogado, a avaliar todas essas possibilidades”, detalhou.

Machado justifica esta medida com o que considera ser uma perseguição política em Portugal. “Estou a ser perseguido politicamente”, afirmou, sublinhando que pretende utilizar todos os meios legais disponíveis para concretizar o pedido de proteção nos Estados Unidos.

A condenação de Mário Machado foi amplamente debatida em Portugal, particularmente devido à sua natureza polémica. O tweet que motivou a pena foi considerado uma violação grave, resultando numa sentença de prisão efetiva que Machado agora contesta.

O caso continua a suscitar reações polarizadas na sociedade portuguesa, sendo visto por alguns como uma aplicação rigorosa da lei contra o discurso de ódio, enquanto outros, como o próprio Machado, o interpretam como uma limitação da liberdade de expressão.