Marco Galinha pode avançar para presidência do Benfica: empresário nega ser testa de ferro de Vieira

O empresário Marco Galinha admitiu uma possível candidatura à presidência do Benfica: em entrevista à rádio ‘Renascença’, o acionista do grupo Global Media criticou a falta de saúde das contas da SAD encarnadas e negou ser um testa de ferro do ex-presidente Luís Filipe Vieira.

O desafio, confessou, entusiasma-o, mas garantiu que só avançaria se tivesse o apoio da família. “Sabe, quando eu chego a casa, com quem é que eu estou? Com a minha família. E até agora não senti o apoio. Porque isto é muito duro para a família. Isto é um nível de exposição assustador”, referiu Marco Galinha, garantindo que uma eventual candidatura “depende, sim [da família]. Eu não quero estar a tomar decisões, depois do que passei nos media, de ser perseguido. E não quero voltar a ser perseguido. Eles têm de sentir que isso pode acontecer novamente”.

“O Benfica é mais que um clube de futebol. Quando ganha o PIB português sobe. Deve atingir a liderança da Europa. E acho que há condições para isso”, frisou Marco Galinha. “É preciso gestão séria, credível, de primeira linha. E esse desafio, de certa forma, entusiasma-me. Mas isso é um percurso que tem de ser corrido”, resumiu.

O empresário terá o apoio de alguns pesos-pesados do universo encarnado, sem revelar quem. “Não, não vou dizer. Mas só falam nas pessoas que estão a tentar rotular-me ao presidente Vieira, o que é de muita forma injusto para as outras, e também é injusto para ele, que não foi julgado e foi julgado na praça pública”, precisou. “Estive uma vez ou duas vezes na minha vida com o Sr. Luís Filipe Vieira e estão a dizer-me que eu sou o testa de ferro dele. Falso. Completamente falso”.

Por último, Marco Galinha abordou as contas da SAD do Benfica. “Acho que o Rui Costa é uma instituição do Benfica. Eu gosto do Rui Costa, como jogador de futebol. E se ele fosse um pouco mais estudioso aos pormenores financeiros se calhar percebia que aquele não é o caminho. O que eu vejo é os custos a aumentarem muito e a receita a diminuir”, apontou o empresário. “O que me preocupa da gestão financeira é os custos a aumentar. Eu estudei as contas ao pormenor, não é uma boa imagem. As prestações de serviço aumentam a uma velocidade nunca vista e a receita a cair.”