Marcelo terá de resolver divórcio entre confederações patronais e Governo
António Saraiva reagiu esta sexta-feira às alterações laborais propostas pelo Governo. Os patrões vão suspender a sua presença na concertação social e pedir uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
“Dessas 64 propostas, o Governo veio juntando em cada reunião de concertação social novas propostas e na última reunião, de quarta-feira, chegámos a 70 propostas porque o Governo vinha incorporando novas à medida que ia cedendo com os partidos de esquerda parlamentar. De cedência em cedência chegou às 70. Surpreendentemente aquilo que saiu da reunião do Conselho de Ministros e que está anunciado são novas medidas que elevariam a 72 as medidas da Agenda do Trabalho Digno. Os parceiros sociais patronais não podem tolerar esta atitude do Governo”, explicou António Saraiva, citado pela TSF.
Para o presidente da CIP, António Saraiva, o Executivo “falha agora redondamente”.
Já Isabel Camarinha, secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN), recusou a proposta do Governo de alargar o período de vigência para um ano, com a possibilidade de , em caso litígio, haver uma decisão de um tribunal arbitral”.
“O problema é a existência de caducidade, queremos que seja aplicado o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador”, rematou a sindicalista.