Manifestantes juntam-se hoje em frente a gigafábrica da Stellantis em Itália para salvar unidade industrial

Está agendada para hoje uma grande manifestação em Termoli, no sul de Itália, com o objetivo de assegurar o futuro da fábrica da Stellantis, um símbolo industrial da região que enfrenta um período de grave incerteza.

A fábrica, que anteriormente era o núcleo da produção de motores Fiat, está atualmente em risco. O motor FireFly, que sucedeu aos motores FIRE e era sinónimo de fiabilidade, está ameaçado, e a Stellantis pode suspender a produção de uma das suas versões a partir de 1 de outubro. Esta decisão, se confirmada, poderá afetar diretamente cerca de 400 trabalhadores especializados na produção de motores de 16 válvulas.

Os problemas na fábrica são evidentes, com paragens de produção a acontecerem repetidamente e um sentimento crescente de que o fim da produção do FireFly pode ser um prenúncio do encerramento definitivo da unidade. Apesar das promessas de transformação da fábrica numa Gigafactory para baterias, os planos concretos têm demorado a concretizar-se, deixando a força de trabalho local em suspense.

Para enfrentar esta crise, sindicatos italianos como Fim, Uilm, Fismic, Uglm, Fiom e Aqcf estão a organizar uma mobilização no dia 12 de setembro, véspera de uma reunião crucial marcada para 17 de setembro no Ministério das Empresas e do Made in Italy (Mimit). O objetivo é pressionar a Stellantis e as autoridades governamentais para garantir o futuro da fábrica e a preservação dos empregos.

Em comunicado de imprensa, os sindicatos sublinham a importância estratégica da gigafábrica para a região e para a indústria automóvel italiana. Este projeto é considerado vital para a transição ecológica e a modernização das infraestruturas industriais italianas. No entanto, a implementação das promessas deve ser rápida para evitar uma crise social em Molise, uma região já economicamente fragilizada.

A manifestação, marcada para as 17 horas na Piazza Monumento (Piazza Vittorio Veneto), é esperada para ser um ponto de viragem para o futuro da fábrica. Trabalhadores, sindicatos e o público em geral são convocados a mostrar o seu apoio, numa demonstração de que o futuro de Termoli não deve ser sacrificado.

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