Luanda Leaks: Isabel dos Santos vai processar Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação

Isabel dos Santos, envolvida no escândalo Luanda Leaks, garante processar o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), de acordo com um comunicado enviado à agência Reuters.

Relativamente aos mais de 715 mil documentos, nos se baseiam as reportagens feitas pelos 120 jornalistas, correspondentes a 36 meios de comunicação social de 20 países, a empresária indica que «foram obtidos criminosamente através de ‘hacking’ para criar uma falsa narrativa» sobre o seu trabalho. Acrescenta ainda «refuto as alegações infundadas e as falsas afirmações».

Rui Pinto recolheu os documentos das empresas de Isabel dos Santos

Esta segunda-feira, William Bourdon, advogado e presidente da Plataforma para a Protecção Whistleblowers em África (PPLAAF), revelou que Rui Pinto, autor do site Football Leaks, forneceu todos os 715 mil documentos do Luanda Leaks.

Num comunicado, Bourdon, também advogado de defesa de Rui Pinto, afirmou: «O PPLAAF está satisfeito por, mais uma vez, um whistleblower revelar ao mundo actos que vão contra o interesse público internacional».

O advogado referiu ainda que Rui Pinto tinha como objectivo a exposição pública de actividades ilegais, ajudando a sociedade a perceber como Isabel dos Santos conseguiu enriquecer à custa dos mais desfavorecidos.

Luanda Leaks: A Investigação

Esta é a maior investigação do Consórcio de Jornalismo de Investigação de sempre, feita aos negócios de Isabel dos Santos.

Milhares de documentos foram analisados por 120 jornalistas dos maiores órgãos de comunicação de todo o mundo, começando a ser divulgados esquemas que desvios de capitais da Sonagol para uma sociedade no Dubai, controlada por pessoas próximas da empresária angolana.