Legislativas: Ventura diz que Marcelo desmentiu tentativa de ‘travar’ Chega no Governo e vai propôr geringonça à direita caso PS ultrapasse AD

Após ser ouvido por Marcelo Rebelo de Sousa, sobre os resultados provisórios das eleições legislativas, André Ventura, líder do Chega, adiantou que o Presidente da República desmentiu os relatos que davam conta de que estaria a desenvolver esforços para ‘travar’ uma eventual possibilidade do partido de extrema-direita integrar uma solução de Governo.

“Em nome do Chega, dos seu militantes e órgãos, questionei o Presidente da República sobre a notícia de que estaria a desenvolver esforços, ou que pretendia que Chega não integrasse o Governo, e decidimos questionar, visto ser uma posição contraditória com outras reuniões em que estive com a Presidência da República”, começou por indicar Ventura.

Segundo indicou, Marcelo “desmentiu cabalmente e categoricamente que tivesse manifestado qualquer intenção de impedir que o chega fizesse parte integrante ou liderante do Governo”.

Por outro lado, André Ventura indicou que o partido tem “muita expetativa em relação aos deputados que estão a ser eleitos com a contagem dos votos do círculo da emigração”, destacando que a “forte participação” de apoiantes do Chega dá ao partido “esperança de poder eleger e aumentar ainda mais os 48 deputados que já integram a bancada do Chega”.

“Transmiti que, até ao momento, não há ainda nenhum acordo ou entendimento com a AD que permita garantir a estabilidade de um Governo a quatro anos”, explicou também André Ventura, que depois garantiu que tem feito “vários esforços” para tentar negociar com Montenegro.

“Evidente que Presidente da República foi informado que o Chega jamais estaria na disposição de contribuir para qualquer maioria que integrasse o PS, com Pedro Nuno Santos a liderar o governo. Caso o PS venha a ser o partido mais votado, e Pedro Nuno Santos indigitado, o Chega fará oposição firme como até agora”, teorizou.

No entanto, o cenário não será assim tão pacífico. “Mesmo que PS vença, em número votos e mandatos, a maioria do parlamento já esta entre o chega e PSD”, apontou Ventura, explicando que, neste caso, “o Chega tudo fará para mesmo sendo o PS o mais votado, apresentar uma solução alternativa que englobe uma maioria no parlamento, que não dependerá” apenas do Chega: é necessário que Montenegro volte atrás com o “não é não”.

Caso não queira, Montenegro “aceitará as responsabilidades pelo governo de minoria”.

Sem revelar detalhes sobre um eventual acordo, mas que incluiria exigências de metas comuns e de nomes no Governo, André Ventura espera que se consiga um entendimento “nos próximos dias”.

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