Justiça russa liga grupo Vilaiat Khorasan a ataque a sala de espetáculos em Moscovo

Os responsáveis pelo ataque terrorista de 22 de março na sala de espetáculos Crocus City Hall, em Moscovo, que fez 145 mortos e 550 feridos, integravam o grupo militante Vilaiat Khorasan, parte do Estado Islâmico, segundo a investigação judicial.

O movimento atua no Afeganistão, no Uzbequistão e no Tajiquistão e os responsáveis do ataque estão escondidos fora do país, o que levou as autoridades russas a enviar vários pedidos internacionais de assistência jurídica, de acordo com a imprensa russa.

“A investigação deste caso é particularmente difícil, devido, entre outras coisas, à natureza internacional do crime e à localização dos organizadores e cúmplices, que estão fora da Federação Russa”, afirmaram os responsáveis pelo processo.

Alguns dos detidos preparavam outro ataque terrorista, recorrendo a armas e explosivos de fabrico caseiro.

O ataque sucedeu no dia 22 de março, na sala de concertos moscovita Crocus City Hall, quando um grupo de homens armados irrompeu e disparou sobre o público, incendiando também o edifício.

Os terroristas, que permaneceram na sala de concertos durante 18 minutos, fugiram do local de carro e foram detidos pelas autoridades no dia seguinte, na região de Briansk.

Os detidos Shakhromjon Gadoev, Mustakim Soliev, Umedjon Soliev e Zubaidullo Ismoilov – que se acusaram mutuamente durante os seus depoimentos – são acusados de participação num grupo terrorista e de fabrico de explosivos.

As autoridades acreditam que os arguidos, em parceria com os seus cúmplices, têm ainda a capacidade de coordenar ameaças a testemunhas e “outros cúmplices que tenham fornecido provas incriminatórias contra” os mesmos.

Os vários responsáveis pelo ataque – Dalerjon Mirzoev, Murodali Rachabalizod, Shamsidin Fariduni e Muhammadsobir Faizov – são cidadãos do Tajiquistão e estão acusado de treino tendo em vista atividades terroristas e tráfico ilegal de armas.

Isroil Islomov, em conjunto com os seus filhos Aminchon e Dilovar, é acusado ​​de prestar apoio a terroristas.