ISEG mais otimista estima agora que PIB caia entre 8% e 9%

O ISEG mostra-se um pouco mais otimista quanto à evolução da economia portuguesa, estimando agora que o PIB (Produto Interno Bruto) caia entre 8% e 9% este ano, indicou a instituição na sua síntese de conjuntura.

Na sua última análise, o ISEG apontava uma queda entre 8% e 10% neste indicador para 2020.

A entidade recorda que, de acordo com a primeira estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), no terceiro trimestre de 2020, “o PIB português decresceu, em volume, 5,8% em termos homólogos e cresceu 13,2% face ao trimestre anterior. A queda homóloga acumulada até ao terceiro trimestre (-8,2%) situa Portugal, em termos do impacto da crise sanitária sobre o PIB, pior do que a média da Área Euro e a Alemanha e melhor do que Itália, França e Espanha”, lê-se no mesmo documento.

O ISEG realça ainda que em outubro, no início do quarto trimestre, “os níveis de confiança melhoraram em Portugal e estabilizaram na Área Euro”.

No entanto, com o “agravamento geral da crise sanitária ao longo do mês”, bem como “as ações desencadeadas para a controlar”, é mais provável que “a atividade económica venha a decrescer face ao trimestre anterior, ainda que numa dimensão bastante mais moderada do que a registada no segundo trimestre”, sublinhou a instituição.

O ISEG acredita que “este retrocesso do crescimento será comparativamente pequeno, uma vez que a maior parte das medidas que estão indicadas para combater a epidemia nos diversos países não afetam diretamente a atividade económica (com a exceção de alguns setores dos serviços)”.

Assim, com os dados disponíveis, “atendendo a que a variação homóloga nos três trimestres do ano já decorridos é de -8,2%”, e tendo em conta e as expectativas para o quarto trimestre, o ISEG decidiu “rever ligeiramente a previsão final para a variação do PIB no corrente ano para o intervalo -9% a -8%”.

A síntese de conjuntura notou ainda que “este intervalo é compatível com uma variação em cadeia negativa até -5% para o PIB no quarto trimestre”.