Inundações e incêndios: mapas da Europa prevêem escala de catástrofe climática
Vários mapas detalhados da Agência Europeia do Meio Ambiente (EEA) revelaram a escala de possíveis, secas, incêndios, inundações e dilúvios que a Europa pode vir a enfrentar até o final do século, caso não existam acções urgentes para combater o aquecimento global, avança o The Guardian.
Risco de seca em Portugal, Espanha e França
Grandes áreas de Portugal, Espanha e França podem vir a enfrentar uma desertificação, com as zonas mais afectadas a poder vir a sofrer um aumento de seca, mais de duas vezes superior, no pior cenário.
Os Verões cada vez mais quentes aumentam o risco de incêndios florestais. A França, o sul da Alemanha, os Balcãs e o Círculo Polar Árctico podem vir a sofrer um risco de incêndio consideravelmente mais elevado. No entanto, o perigo absoluto de incêndio permanece mais alto nos países do sul da Europa, que já são propensos a chamas.
Risco de Inundações em Inglaterra e Holanda
Um aumento médio de cerca de um metro no nível do mar até ao final do século, sem nenhuma acção de prevenção de inundações, pode significar que 90% da superfície da cidade inglesa de Hull vai estar debaixo de água, segundo a AEA.
Outras cidades inglesas como Norwich, Margate, Southend-on-Sea, Runcorn e Blackpool também podem sofrer inundações, cobrindo mais de 40% da área urbana.
Do outro lado do Mar do Norte, as cidades holandesas de Haia, Roterdão e Leiden, estão em risco de enfrentar graves inundações, a partir de um aumento médio de um metro no nível do mar. O modelo não teve em consideração as medidas de prevenção de inundações estipuladas pelos países baixos.
Possibilidade de chuvas torrenciais na Europa Central e Oriental
Os Invernos do norte da Europa estão cada vez mais húmidos. A falha em limitar o aquecimento global abaixo dos dois graus, pode significar que uma faixa da Europa Central e Oriental vai estar aliada ao aumento acentuado de «chuvas fortes», durante o outono e inverno até ao final do século.
Em algumas áreas da Europa Central e Oriental, prevê-se um aumento de 35% de chuvas torrenciais.
A agência de Copenhaga espera que os dados cheguem aos líderes dos governos e instituições da UE. «É muito urgente, temos de agir agora», disse Blaž Kurnik, especialista da EEA em impactos e adaptação às mudanças climáticas, citado pelo The Guardian.