Humanos vão ter ‘superpoderes’ até 2030: saiba o que a tecnologia nos tem reservado
A segunda década do século XXI está a meio e as inovações tecnológicas estão a um ritmo tal que podem vir a transformar a vida humana de formas antes inimagináveis: até 2030, a fusão da tecnologia com a biologia e a Inteligência Artificial (IA) vai conceder aos humanos uma série de ‘superpoderes’ que vão expandir as capacidades físicas e mentais humanas.
Desde a Idade da Pedra, as ferramentas têm aumentado as nossas habilidades e ajudaram a expandir as limitações orgânicas do corpo humano. Atualmente, segundo Louis B. Rosemberg, CEO da ‘Unanimous AI’, empresa sediada na Califórnia dedicada a ampliar a inteligência humana através de algoritmos de IA, os ‘superpoderes’ estão mais perto de se tornar realidade do que imaginamos. Segundo o especialista, o Google, com a sua ‘Gemini AI’ e a parceria com a Samsung, está bem posicionado para ser o principal fornecedor de ‘superpoderes’ humanos nos próximos 18 meses.
Humanos com ‘superpoderes’ físicos
Graças aos avanços em exoesqueletos e próteses, os humanos serão capazes de realizar tarefas físicas com força e resistência significativamente melhoradas. Exoesqueletos leves e flexíveis ajudarão as pessoas a levantar objetos pesados sem esforço e a caminhar longas distâncias sem fadiga, permitindo um controlo preciso e natural dos movimentos.
Mesmo as próteses biónicas poderão permitir que as pessoas com deficiência recuperem ou até mesmo melhorem a sua mobilidade. Estas próteses serão integradas nos sistemas nervosos.
A tecnologia de realidade aumentada (RA) e os implantes biónicos oferecerão melhorias significativas na visão e na audição. Os óculos de RA fornecerão informações contextuais em tempo real, enquanto os implantes cocleares avançados permitirão uma audição superior, mesmo em ambientes barulhentos.
Humanos com ‘superpoderes’ mentais
O desenvolvimento de interfaces cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês), permitirá a expansão da memória e da capacidade cognitiva. As BCI permitirão que os humanos armazenem e recuperem informações com velocidade sem precedentes e realizem cálculos complexos com facilidade.
A convergência de IA, RA e computação conversacional permitirá maior consciência contextual e, através de dispositivos que podem ver o que vemos, ouvir o que ouvimos e sentir o que sentimos, receberemos habilidades aprimoradas conhecidas como “mentalidade aumentada”, onde assistentes com tecnologia de IA irão tornar-se parte da vida diária.
Já os neuroimplantes e a IA personalizada vão permitir aos humanos aprender novas habilidades e conhecimentos num ritmo acelerado, reduzindo drasticamente o tempo necessário para adquirir novas competências.
Humanos com ‘superpoderes’ sensoriais
Os humanos poderão experimentar mundo de maneiras novas devido aos avanços na tecnologia sensorial – os sensores implantáveis fornecerão a capacidade de detetar campos magnéticos, radiação e outros estímulos que atualmente estão além do alcance dos sentidos humanos.
Humanos com ‘superpoderes’ de saúde
Através dos avanços na biotecnologia e na medicina regenerativa, os humanos começarão a curar-se a um ritmo acelerado. Os nanorrobôs médicos serão capazes de reparar tecidos danificados e combater doenças de dentro do corpo, melhorando significativamente a saúde e a longevidade.
Com os nanorrobôs, pode tornar-se possível transportar e administrar medicamentos às células defeituosos: serão capazes de reparar tecidos, limpar vasos sanguíneos e vias aéreas, transformar as nossas capacidades fisiológicas e potencialmente neutralizar o processo de envelhecimento.
Tecnologias disponíveis de edição genética, como a CRISPR, desenvolvida em 2005, permitirão que os humanos modifiquem o seu ADN para resistir a doenças e maior imunidade contra vírus e bactérias. Por outro lado, ‘wearables’, dispositivos portáteis vestíveis, podem facilitar a monitorização constante de biomarcadores de saúde, alertando os utilizadores sobre possíveis problemas de saúde antes que se tornem sérios.