Hoje é Dia dos Namorados: sabe a verdadeira história de São Valentim?

Hoje celebra-se o Dia dos Namorados um pouco por todo o mundo. Jantares românticos, promessas de amor, flores ou chocolates são alguns dos gestos que utilizamos para marcar a efeméride. No entanto, pouco saberão a história de São Valentim, que foi preso por fazer casamentos clandestinos.

O Dia dos Namorados, ou o Dia de São Valentim, é celebrado esta quarta-feira em Portugal mas em outros países, como por exemplo no Brasil, é celebrado a 12 de junho, véspera do dia de Santo António de Lisboa, conhecido pela fama de “Santo Casamenteiro”.

Mas quem é São Valentim?

De acordo com o reitor do Seminário Maior de Coimbra, Valentim foi um bispo que lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras durante o Império Romano, no século III. Apesar das exigências de Cláudio II, “Valentim continuou a celebrar matrimónios às escondidas”, referiu Nuno Santos. Depois de descoberto, “foi preso e condenado à morte”.

Mesmo preso, “Valentim recebeu cartas e flores de pessoas que acreditavam no amor e que queriam agradecer ao bispo por realizar os seus casamentos”, frisou, lembrando que Valentim apaixonou-se mesmo por uma mulher cega na prisão, mesmo sabendo que jamais ficariam juntos. De acordo com a lenda, foi Valentim que, milagrosamente, devolveu a visão à jovem.

No ano 269 d.C., Valentim foi condenado a uma execução em três partes: espancamento, apedrejamento e, finalmente, decapitação, tudo por causa de sua posição a favor do casamento cristão. Reza a história que as últimas palavras que escreveu foram num bilhete para a apaixonada, assinado “do teu Valentim”.

Em 496 d.C., o Papa Gelásio canonizou Valentim, tendo sido escolhida a data da sua morte pela igreja como o Dia dos Namorados para incentivar casais que pretendiam casar.

História remonta à Roma antiga

No entanto, a versão mais antiga da história remonta à Roma antiga e ao festival pagão de Lupercalia. Os pastores fora dos muros da cidade travavam uma batalha constante contra lobos famintos e oravam ao deus Lupercus para cuidar dos seus rebanhos.

Todos os anos, em fevereiro, os romanos retribuíam a vigilância do deus com um festival, que também servia de celebração da fertilidade e do início da primavera. As mulheres recém-casadas eram chicoteadas por februa (tiras de pele de cabra) para purificar seus corpos em preparação para o parto.

Um dos destaques da Lupercalia veio no dia 14 de fevereiro com uma homenagem erótica a Juno Februata, a deusa do amor febril. Os nomes das donzelas eram sorteados aleatoriamente pelos rapazes e o casal resultante se tornaria companheiro na festa e até para o resto da vida.