Hipotética queda a pique da Bitcoin é um dos maiores medos dos investidores para 2025

Thomas Peterffy, presidente da Interativo Brokers, identificou uma possível queda acentuada da Bitcoin como um dos maiores riscos para o mercado de ações em 2025.

Em entrevista à Bloomberg, o executivo explicou que o problema está no aumento do uso de dívida de margem, uma estratégia arriscada utilizada por muitos investidores.

A dívida de margem ocorre quando os investidores pedem dinheiro emprestado às corretoras para comprar mais ativos, usando os investimentos que já possuem como garantia. É uma forma de aumentar os ganhos quando os mercados estão a subir, mas torna-se perigosa numa crise. Assim, se os valores dos ativos caírem, os investidores podem ser obrigados a vender rapidamente os seus ativos ou a injetar mais dinheiro para cobrir as perdas, o que pode acelerar ainda mais a queda dos preços.

De acordo com Peterffy, os saldos de margem, ou seja, os valores emprestados aos investidores, têm crescido a um ritmo muito rápido. Em outubro, a dívida de margem nos EUA atingiu 815 mil milhões de dólares, o nível mais alto desde 2022.

O presidente da Interactive Brokers destacou a Bitcoin como uma das áreas mais preocupantes porque muitos investidores estão a assumir grandes riscos com alavancagem, aproveitando taxas baixas em contratos futuros oferecidos pela bolsa CME. Se a Bitcoin sofrer uma queda abrupta — como uma desvalorização de 30% a 50% de um dia para o outro —, os investidores podem ser forçados a vender rapidamente, desencadeando um efeito dominó no mercado financeiro.

Apesar de recentemente ter atingido um recorde de 107 mil dólares, a Bitcoin continua a dividir opiniões.