Habitação: Novo Banco fica à margem da Garantia Pública para crédito jovem

O Novo Banco recebeu apenas 20 milhões de euros da garantia pública destinada a apoiar jovens na compra de casa, um valor muito inferior ao de outros bancos. Apesar de deter uma quota de mercado que justificaria um montante superior, a instituição optou por limitar o seu pedido junto da Direção-Geral do Tesouro e Finanças. Este montante é significativamente menor comparado aos 259,3 milhões atribuídos ao Santander ou aos 257,2 milhões da Caixa Geral de Depósitos.

Questionada pelo ‘Negócios’, a instituição liderada por Mark Bourke não esclareceu os motivos desta decisão nem comentou a atribuição reduzida. No entanto, continua a promover o crédito à habitação jovem, focando-se em incentivos como a isenção de IMT, custos de registo e imposto de selo para quem adquira a primeira habitação.

O baixo valor atribuído ao Novo Banco contrasta com instituições menores, como o Bankinter, que recebeu 60 milhões de euros, ou o BIC e o Abanca, que, apesar de serem atualmente uma só instituição, obtiveram quantias superiores. Este posicionamento do Novo Banco levanta dúvidas sobre o papel que pretende desempenhar neste segmento de apoio.

De acordo com o despacho publicado em Diário da República, os valores foram calculados com base nas quotas de mercado e nos pedidos efetuados pelas instituições. Bancos que não solicitaram participação acabaram por receber o montante mínimo de 200 mil euros, enquanto o Novo Banco, mesmo com potencial para obter uma parcela maior, decidiu colocar um travão na sua exposição ao crédito jovem com garantia pública.