Há um novo fundo de 60 milhões interessado nas startups da Europa

No primeiro trimestre deste ano, registaram-se mais novos unicórnios na Europa do que no total de 2020, de acordo com dados do Crunchbase. Não será, por isso, de estranhar que os empreendedores do Velho Continente estejam debaixo de olho dos investidores a nível mundial. Isso mesmo é comprovado com um novo fundo de venture capital de 60 milhões de dólares que aponta especialmente a jovens startups europeias.

«A Europa tem ficado para trás durante muito tempo, mas temos crescido mais rápido do que os EUA e a China nos últimos anos», afirma Mattias Ljungman, investidor que deixou o fundo Atomico para criar o seu próprio projeto. Em declarações à Fortune, afirma que o ecossistema europeu tem todas as condições para continuar a crescer.

É neste contexto que nasce o Moonfire Ventures, destinado a providenciar financiamento “seed”, ou seja, apoio a startups numa fase inicial de lançamento que, muitas vezes, nem sequer têm um produto ou serviço concluído. Este financiamento – o primeiro a nível institucional – servirá precisamente para consolidar a ideia de negócio.

Entre os apoiantes desde fundo estão outros fundos norte-americanos mas também Niklas Zennstrom, bilionário que fundou o Zkype e antigo chefe de Mattias Ljungman no Atomico.

Segundo Mattias Ljungman, no seu tempo no Atomico, apercebeu-se de uma falha no investimento “seed” na Europa, com os fundos de investimento a apostarem particularmente nas rondas “series A”. O seu novo projeto deverá dar resposta a esta falha, sendo que a ambição é juntar cerca de 30 startups com um investimento de 1 a 1,5 milhões de dólares em cada.

Neste momento, o Moonfire já apoia cerca de meia dúzia de startups, incluindo as londrinas Humaans e Electric Noir. A primeira foca-se no desenvolvimento de software de recursos humanos. A segunda é um estúdio de videojogos que cria jogos que se assemelham a filmes em termos de riqueza da narrativa.