Há 175 pontos negros nas estradas portuguesas: saiba quais as zonas mais mortais do país
Morreram quase 500 pessoas em 175 locais nas estradas portuguesas, o que corresponde a apenas 1,5% da rede viária nacional (325 quilómetros), que concentra a maior parte dos acidentes com vítimas mortais, segundo uma análise da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), publicada no ‘Jornal de Notícias’.
A ANSR vai lançar, em agosto, com a campanha “Dê prioridade à vida” para alertar os condutores sobre os perigos da estrada: a intenção é revelar a quem circula na estrada as zonas de maior concentração de acidentes mortais, “para que os utilizadores tenham pleno conhecimento e adaptem o seu comportamento”, frisou a vice-presidente Ana Tomaz – vários locais vão estar sinalizados através de outdoors e na plataforma Waze.
Assim, as estradas mais perigosas do país são o IC2, IC1, A1, EN125, EN18, EN4 e EN109, segundo dados entre 2018 e abril de 2023: houve 468 pessoas que morreram nos chamados ‘pontos negros’, ou seja, cerca de um terço do total de vítimas mortais registadas no mesmo período. Cerca de 164 quilómetros estão localizados nos distritos de Lisboa, Setúbal, Porto, Leiria e Aveiro, zonas em que morreram 232 pessoas.
Lisboa é o distrito com mais vítimas mortais, sendo que o trecho da Marginal, entre a praia de Carcavelos e Cascais (EN6), entre o quilómetro 11,2 e 18,5, é o ponto com mais mortos a nível nacional: 12 vítimas. Segue-se o troço entre o quilómetro 20,9 e 29,8 da EN4 em Setúbal, com oito mortos, e entre o quilómetro 217,4 e 211,2 da A1, em Aveiro, com 7 vítimas.
O IC2, que atravessa os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém e Lisboa, é a estada que tem mais locais de concentração de acidentes mortais, com 13 ‘pontos negros’, que registaram 31 óbitos. A A1 tem 10 ‘pontos negros’, distribuídos pelos distritos do Porto, Aveiro, Santarém e Lisboa, com 31 óbitos. O IC1, nos distritos de Beja e Setúbal, tem seis locais perigosos – numa extensão de 25 quilómetros – que ‘reclamaram’ a vida de 20 pessoas.