Guerra entre Isabel dos Santos e João Lourenço chega aos EUA

O governo angolano tem tentado convencer os departamentos da Justiça e do Tesouro dos EUA, a apreender todos os bens activos da empresária Isabel dos Santos, no país americano, numa luta que já dura há vários meses, de acordo com o Público, que cita a Lettre du Continent do Africa Intelligence.

João Lourenço, através do escritório de advogados ‘Squire Patton Boggs’, que defende os interesses de Angola desde Junho, tem tentado entrar em contacto com as autoridades norte-americanas, para que apreendam os bens de Isabel dos Santos, alegando que os mesmos foram retirados do erário público angolano, na altura em que o seu pai, José Eduardo dos Santos, ocupava o cargo de Presidente da República.

Mas a Administração americana ainda não concedeu uma resposta ao governo angolano e Isabel dos Santos continua a aceder aos seus bens. João Lourenço, por sua vez também continua sem conseguir marcar um encontro com Donald Trump.

A Squire Patton Boggs é uma das maiores empresas de  advocacia do mundo, com 44 escritórios em cerca de 19 países, contudo não tem conseguido medir forças com a empresa de lobby que Isabel dos Santos contratou, o Sonoran Policy Group, criado por Robert Stryk,  com ligações ao presidente dos EUA, Donald Trump.

A imprensa avançou, no mês passado, que a empresária angolana tinha contratado a empresa de lobby, imediatamente após ter tomado conhecimento da análise feita aos seus negócios, por parte do Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação. Desta forma, Isabel dos Santos  pagou dois milhões de dólares por dois contratos, um para encontros e reuniões com figuras de topo da Administração americana, e outro para inserção de notícias favoráveis nos jornais.

Neste momento os pedidos do governo angolano continuam a não ser atendidos por Washington, contudo pode ser que o cenário mude com a visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo a Luanda, agendada para o próximo dia 17 de Fevereiro.

Mandato da ‘Squire Patton Boggs’ “nada tem a ver com arrestos” a Isabel dos Santos