Greve francesa contra as pensões tira 0,1% ao PIB do país

A greve contra as pensões instituídas pelo governo de Emmanuel Macron, já custou à economia francesa 0,1% do seu Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o elEconomista,

O valor foi anunciado pelo governador do Banco de França,  François Villery Galhau, sendo que para além disso os protestos também têm tido consequências na economia da empresa ferroviária estatal SNFC, bem como da entidade de transportes metropolitanos de Paris, RATP.

O governador acrescentou ainda que este impacto económico já estava incluído nas suas previsões de crescimento para o quarto trimestre de 2019, de 0,2%, isto significa que se as consequências económicas não se tivessem prolongado para os próximos dias ou semanas, não haveria necessidade de fazer novos cortes em 2020.

François Villery Galhau também observou que embora o movimento dos “coletes amarelos” tenha afectado 20% das empresas na sua área de actividade, neste caso concreto a mobilização contra as pensões apenas afectou o funcionamento de 10% do sistema.

Em comunicado, o primeiro-ministro Édouard Philippe disse que, após mais de um mês de greve, a Sociedade Nacional de Ferrovias Francesa já perdeu cerca de 850 milhões de euros e o RATP cerca de 200 milhões de euros.

Embora a taxa de grevistas entre os trabalhadores da empresa ferroviária já esteja abaixo de 10% há vários dias, caindo até nesta quarta-feira para 4,7%, (de acordo com a administração), os sindicatos continuam a opor-se às reformas, anunciando a sua vontade de continuar com os protestos.

Para além das manifestações programadas para esta quinta-feira, fábricas lideradas pela Confederação Geral do Trabalho e Força de Trabalho, solicitaram uma nova mobilização para o dia 24 de janeiro, coincidindo com a aprovação do projecto de lei sobre reforma no Conselho de Ministros.