Greve dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica arranca hoje: paralisação pode afetar significativamente os serviços de saúde

Arranca esta segunda-feira – e até dia 31 – a greve dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica. Convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), surge em resposta “à falta de ação do governo em questões críticas relacionadas com a progressão na carreira e a aplicação de pontos da avaliação de desempenho, que afetam diretamente o posicionamento remuneratório dos trabalhadores, mas também de questões macro que carecem de protocolo negocial”

No segundo dia da greve, esta terça-feira, os profissionais vão concentrar-se em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, entre as 14 e as 17 horas.

Luís Dupont, presidente do STSS, expressa a frustração da classe: “É incomportável para estes trabalhadores manter a paz social nos locais de trabalho e assistirem à total desconsideração a que estão a ser votados por parte do Governo, sem demonstrarem o seu descontentamento e revolta”, salientou, enfatizando que todos os profissionais de saúde merecem respeito e tratamento igualitário por parte do Governo.

O sindicato relatou que, nos últimos três meses, todas as tentativas de comunicação com o Ministério da Saúde foram ignoradas. Face a esta situação, o STSS enviou um ofício ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, solicitando uma audiência e apelando para que sejam tomadas medidas para iniciar o processo negocial, evitando assim o agravamento do conflito.

As principais reivindicações incluem a clarificação sobre a atribuição de um ponto e meio por cada ano de trabalho a todos os TSDT, em linha com decisões já tomadas em mais de 60% das instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O sindicato lamenta que, ao contrário de outras carreiras especiais, não tenha sido iniciado o processo negocial com os TSDT.

A greve nacional, marcada para os dias 28, 29, 30 e 31 de outubro, poderá afetar significativamente os serviços de saúde. Diversos exames complementares de diagnóstico, como análises clínicas, ecografias e radiografias, bem como atividades terapêuticas em farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional, poderão não ser realizados. Esta paralisação terá impacto não só no diagnóstico, mas também em cirurgias programadas, com os serviços mínimos a assegurarem apenas as urgências.

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