Greenvolt sai de bolsa após registo da aquisição potestativa pela KKR

A CMVM registou na quinta-feira a aquisição potestativa pelos norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) dos 2,36% do capital da Greenvolt que ainda não detêm, tendo sido último dia da empresa na bolsa.

De acordo com um anúncio publicado na página eletrónica do Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em causa está a aquisição potestativa pela Gamma Lux Aggregator, sociedade de direito luxemburguês detida pela KKR, sobre 3.845.068 ações ordinárias escriturais e nominativas, sem valor nominal, representativas de 2,36% do capital social da Greenvolt – Energias Renováveis.

“A aquisição potestativa pela Lux Aggregator das ações-alvo implica, nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 195.º do Cód. VM, a exclusão das Ações do mercado regulamentado Euronext Lisbon, com efeitos imediatos”, refere.

A operação surge na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória lançada pela GVK Omega, cujos resultados foram apurados a 25 de outubro e que resultou na aquisição pela Lux Aggregator de uma participação de 97,64% da Greenvolt.

A contrapartida agora oferecida mantém-se nos 8,3107 euros, o mesmo valor proposto durante a OPA.

No final de 2023, a KKR lançou uma oferta voluntária sobre a Greenvolt, que acabou por se converter em obrigatória.

Em 03 de junho passado, a KKR revelou que iria, através da sociedade GV Investor Bidco, converter as obrigações em ações, ficando nessa altura com uma posição de 82% na empresa.

Em outubro, a KKR conseguiu adquirir 97,64% da Greenvolt depois de lançar uma OPA e ficou com a possibilidade de avançar com uma aquisição potestativa (ou ‘squeeze-out’), um mecanismo legal que permite a um acionista maioritário adquirir compulsoriamente as ações dos acionistas minoritários, desde que detenha mais de 90% do capital social da empresa visada.

No seguimento do anúncio do registo pela CMVM da compra obrigatória, a Greenvolt ficou excluída da negociação na bolsa de Lisboa, onde devido à OPA já tinha sido retirada do PSI, o índice de referência nacional.