Grécia quer instalar barreiras flutuantes para travar migrantes
A Grécia quer construir um ‘muro’ flutuante para impedir a entrada de migrantes e refugiados, segundo autoridades do governo, citadas pelo ‘The Independent’.
Estima-se que o ‘muro’ atinja os 2,7 quilómetros, sendo estabelecido no Mar Egeu, na ilha grega de Lesbos, nos próximos três meses.
Um novo aumento do número de migrantes e refugiados que chegam por via marítima a Lesbos e outras ilhas gregas orientais através da Turquia, lotou totalmente todos os campos de refugiados.
O ‘muro’, em forma de rede, vai estar 50 centímetros acima do nível da água, com luzes que piscam para que seja visível à noite, de acordo com um documento do governo.
O ministério da defesa estima que o valor da infraestrutura atinja os 500 mil euros, incluindo quatro anos de custos de manutenção.
De acordo com indicações do governo, o «sistema do ‘muro’ flutuante» deve ser construído «com especificações não militares» e «características específicas para cumprir a missão na administração da crise de refugiados».
Se a infraestrutura for bem sucedida, prevê-se que possa existir um alargamento da mesma, chegando mesmo a oito ou nove milhas de distância.
Um funcionário do governo referiu que: «Este processo de contrato será executado pelo ministério da defesa, para uso civil – um processo semelhante ao utilizado para o fornecimento de outros equipamentos para campos, que abrigam refugiados e migrantes».
Nikos Panagiotopoulos, Ministro da Defesa da Grécia, disse que a infraestrutura pretende funcionar como “uma barreira natural”.
O governo da Grécia prometeu adoptar uma postura mais rígida relativamente à crise migratória, planeando a criação de centros de detenção para migrantes cujo asilo foi negado e acelerando as deportações de volta à Turquia.