Freira rouba objetos religiosos de ouro avaliados em mais de 80 mil euros. Autoridades investigam décadas de crimes em várias paróquias

Uma freira, madre superiora de um convento em Ariano Irpino, na região de Avellino, Itália, foi detida sob a acusação de roubo de valiosos objetos religiosos em ouro. A mulher, identificada pelas autoridades, está agora em prisão domiciliária depois de confessar os crimes aos juízes responsáveis pela investigação. Entre os objetos roubados estavam artefactos e relíquias pertencentes à diocese, com um valor estimado em mais de 80 mil euros.

O caso começou quando o bispo de Ariano Irpino apresentou uma denúncia sobre o desaparecimento de objetos preciosos de várias paróquias da sua diocese. Durante a investigação, conduzida pela Procuradoria de Benevento sob a direção do procurador Aldo Policastro, foi descoberto que a freira, na sua posição de mãe superiora, tinha acesso privilegiado aos locais onde os ex-votos em ouro eram guardados.

Segundo as autoridades, a freira foi encontrada na posse de alguns dos objetos roubados, inclusive usando algumas das peças de ouro. Outros itens, que estavam prestes a ser vendidos, foram recuperados antes de serem transacionados. A polícia conseguiu intercetar uma parte dos objetos desaparecidos, que já haviam sido submetidos a processos de fundição para ocultar a sua origem.

O roubo envolveu uma coleção histórica de ex-votos e objetos de ouro, acumulada ao longo de décadas em várias igrejas da diocese de Ariano Irpino-Lacedonia. Entre os locais afetados estão as paróquias de Santa Maria delle Fratte e Sant’Euplio em Castel Baronia, Santa Maria Assunta in Cielo em Ariano Irpino, San Sossio Baronia, Santa Maria della Neve em Bonito, San Nicola Vescovo em Savignano Irpino, e outras. Estes locais guardavam doações generosas de fiéis, incluindo peças valiosas como a famosa relíquia de São Nicolau de Bari, que também estava entre os itens desaparecidos.

O valor estimado dos objetos furtados ultrapassa os 150 mil euros, sendo que cerca de 80 mil euros provêm de transações já efetuadas pela freira no estrangeiro, segundo informações da Procuradoria. Parte do ouro foi vendida a lojas especializadas, e há evidências de transferências monetárias para o estrangeiro.

Com base nas provas recolhidas e na confissão da acusada, o tribunal de Tivoli considerou necessário aplicar medidas cautelares, determinando a prisão domiciliária. As autoridades sublinharam o risco de fuga da freira, bem como a possibilidade de destruição de provas ou a continuação dos crimes, o que justificou a decisão do juiz.

A prisão foi realizada na região de Lácio, em San Cesareo, onde a freira tinha sido transferida recentemente. Os objetos recuperados, incluindo várias joias e pulseiras, foram encontrados tanto no quarto que a mulher ocupava em Ariano Irpino como na sua nova residência em San Cesareo.

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