Freguesias de Lisboa “carregadas de lixo” e greve só vai no início
As freguesias de Lisboa já estão “carregadas de lixo” e ainda só vai no início a greve dos trabalhadores da higiene urbana do município, segundo relatos de três autarcas.
“A greve está a ter um impacto grande, a freguesia está carregada de lixo. As nossas equipas estão a tentar apoiar os serviços da câmara, mas o cenário não está fantástico e isto é só o início”, relatou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Ricardo Marques (eleito pelo PS).
“Alguns caixotes do lixo já estão a transbordar, já temos algumas reclamações”, corroborou Fábio Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Carnide (eleito pelo PCP).
Já Vasco Morgado (eleito pelo PSD), presidente da Junta de Freguesia de Santo António, assegurou que a situação está “minimamente controlada”, sem “nada de problemático, para já”.
Porém, admitiu que “já há algum lixo a mais”, até porque “ainda é só o primeiro dia” de greve.
Os trabalhadores da higiene urbana do município de Lisboa estão em greve desde quarta-feira e até 2 de janeiro.
Hoje e na sexta-feira a paralisação é geral, a que se junta uma greve ao trabalho extraordinário, entre 25 e 31 de dezembro, e uma paralisação no dia de Ano Novo, prevista apenas no período noturno, ao trabalho normal e suplementar, entre as 22 horas de dia 1 e as 6 horas de dia 2 de janeiro.
Convocado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), o protesto surge em resposta à alegada ausência de respostas da Câmara de Lisboa aos problemas que afetam o setor, em particular ao cumprimento do acordo celebrado em 2023, que prevê, por exemplo, obras e intervenções nas instalações.
A Câmara de Lisboa assegura que o acordo celebrado em 2023 está a ser cumprido, nomeadamente 13 dos 15 principais pontos.