França coloca mais de 30 mil polícias nas ruas para evitar problemas no dia das eleições parlamentares
Vão ser mobilizados cerca de 30 mil polícias em França na noite deste domingo, para a segunda volta das eleições parlamentares, para garantir que não haja problemas, indicou um membro do Governo francês, citado pela agência ‘Reuters’ – recorde-se que há três candidatos que disseram ter sido vítimas de ataques durante a campanha.
A segunda volta deste domingo vai determinar se o partido de extrema-direita Rally Nacional, de Marine le Pen, garantirá a maioria parlamentar pela primeira vez e formar o próximo Governo de França, a sua maior economia da zona euro.
A campanha foi marcada por tensões políticas, mas também pela violência crescente. O ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que seria “muito cuidadoso” com a segurança na noite de domingo, quando serão anunciados os resultados das eleições.
Em Paris e arredores vão estar mobilizados cerca de 5 dos 30 mil polícias, que “garantirão que a direita radical e a esquerda radical não aproveitem a situação para causar o caos”, salientou, em entrevista à ‘France 2 TV’.
Segundo Darmanin, quatro pessoas foram presas por um ataque ocorrido na noite desta quarta-feira contra a porta-voz do Governo Prisca Thevenot e sua equipa, quando estavam espalhando cartazes de campanha. Embora a própria Thevenot não tenha ficado ferida, o seu ‘vice’ e um ativista do partido foram feridos por um grupo não identificado de cerca de 10 jovens que estavam a desfigurar cartazes de campanha, revela a porta-voz ao jornal ‘Le Parisien’. Também uma candidata a RN em Savoie, Marie Dauchy, revelou ter sido atacada por um comerciante num mercado esta quarta-feira.
Separadamente, o vice-autarca de 77 anos de uma pequena cidade perto de Grenoble, no sudeste da França, levou um soco no rosto na manhã desta quinta-feira ao colocar um cartaz para Olivier Veran, ex-porta-voz do presidente Emmanuel Macron – Veran denunciou um “contexto de violência completamente sem precedentes nesta campanha”.
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