Fotos de satélite mostram uma onda misteriosa de incêndios nas águas do Mar Negro da Rússia
Fotos de satélite mostraram uma série de incêndios de origem desconhecida nas águas do Mar Negro, na Rússia, perto de uma ilha ucraniana, segundo indicou o ‘Fire Information for Resource Management’ (FIRM) da NASA.
Os incêndios estão localizados no Mar Negro, em locais sem plataformas de produção de gás e petróleo, de acordo com o grupo de monitorização ‘Crimean Wind’, na rede social ‘Telegram’: o grupo postou fotografias das suas descobertas, há um mês, no passado dia 3 e escreveu. “Algo sério está a acontecer no mar, sobre o qual não sabemos quase nada. As Forças de Defesa Ucranianas não comentam sobre a presença e as causas dos incêndios no mar.”
De acordo com o grupo de monitorização, as marcas de fogo permanentes foram registadas no local das “plataformas Boyko”, destacando que, quando comparadas com fotos de 2 de outubro, surgiu “uma nova marca de fogo a 2 de novembro”, seguida por duas mais um dia depois.
Os incêndios estão nas águas adjacentes à Ilha Snake, também conhecida como Ilha Zmiinyi, no noroeste do Mar Negro, perto da Roménia, que continua a ser um território disputado na guerra Rússia-Ucrânia. A Ilha das Cobras é essencial para atividades civis, comerciais e militares, pois é uma parte fundamental do transporte marítimo de entrada e saída do Mar Negro, de acordo com o chefe da agência de inteligência militar GUR da Ucrânia.
Moscovo manteve o controlo do território até que a Ucrânia o recuperou em junho de 2022, depois de a Rússia ter retirado as suas tropas “num gesto de boa vontade”. A ilha ucraniana foi um dos primeiros alvos russos no início da invasão: antes de 2022, Moscovo capturou várias plataformas de perfuração de gás logo após anexar a Crimeia.
Um incêndio também foi registado em Feodosia, na costa da Crimeia, no início do mês passado, mas nenhum detalhe foi divulgado sobre o que causou o incêndio, de acordo com a agência ‘Reuters’. Oleg Kryuchkov, conselheiro do chefe da Crimeia nomeado pela Rússia, não relatou vítimas, apesar de vários tanques de combustível terem incendiado.
As Torres Boyko também pegaram fogo no final de agosto, quando todas as três plataformas de perfuração a leste da Ilha Zmiinyi foram atacadas.