Fortunas das grandes famílias da bolsa portuguesa caem em 2024 empurradas pela dona do Pingo Doce
O património das seis maiores famílias com participações na bolsa portuguesa encolheu 7,7% em 2024, refletindo uma queda acumulada de 1,26 mil milhões de euros, para um total de 15 mil milhões. Apesar de quatro clãs – Amorim, Azevedo, Queiroz Pereira e Champalimaud – terem registado ganhos, as perdas significativas das famílias Soares dos Santos e Mota impactaram o saldo geral.
De acordo com o ‘Negócios’, a família Soares dos Santos, proprietária da Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, registou a maior queda patrimonial: 1,6 mil milhões de euros, reduzindo a fortuna para 6,75 mil milhões, apesar dos dividendos reforçados. Em contraste, a família Amorim viu o seu património crescer 348 milhões de euros, atingindo 3,2 mil milhões, impulsionado pelo desempenho da Galp. Já as famílias Queiroz Pereira e Azevedo também registaram aumentos modestos, enquanto a família Mota sofreu uma redução de 25%, refletindo a desvalorização das ações da Mota-Engil.
Além destes, empresários como Ana Mendonça e Paulo Fernandes destacaram-se pela alienação das suas participações na Greenvolt antes da OPA, arrecadando valores significativos. O grupo liderado por Ana Mendonça encaixou 145,4 milhões de euros, enquanto Paulo Fernandes obteve 133,6 milhões. Embora fora das contas principais, esses empresários acumulam em conjunto cerca de 819 milhões de euros em participações no mercado de capitais.