Forças de segurança exigem mais 500 euros por mês
As associações da GNR e sindicatos da PSP têm-se manifestado pelo país, através de vários protestos organizados, exigindo um aumento do salário por parte do Ministério da Administração Interna. Até agora têm agendado uma manifestação por cada mês, contudo se os pedidos não forem atendidos, as forças policiais ameaçam mesmo entregar simbolicamente as armas de serviço.
O presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse ao CM que se os salários dos polícias em inicio de carreira aumentarem de 750 euros para 1250 euros, bem como se começar a ser pago um subsídio de risco, será «um bom ponto de partida».
Depois das manifestações ocorridas na passada terça-feira nas cidades de Lisboa, Faro e Braga, em simultâneo com protestos do Movimento Zero, centrados nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Ponta Delgada, Paulo Rodrigues reforçou as exigências perante juízes, procuradores e professores, dizendo que «Não admitimos que haja polícias em início de carreira a ganhar 750 euros», explicou Paulo Rodrigues.
Relativamente ao subsídio de risco, refere que existiu a sua aprovação em maioria no Parlamento, apelando ao «compromisso» do Governo.
Enquanto aguardam novas decisões, os representantes das forças policiais vão reunir-se novamente para decidir novos protestos.
António Costa recebido com ânimos exaltados no Porto
O primeiro-ministro António Costa foi recebido esta terça-feira com assobios e gritos, no aeroporto do Porto, por manifestantes do Movimento Zero, demonstrando a sua insatisfação pelas actuais condições de trabalho.
Apesar da não autorização da Direcção Nacional da PSP para a realização do protesto no aeroporto, garantindo que não ia permitir a presença de manifestantes no espaço, os manifestantes vestiram camisolas de apoio ao Movimento Zero e fizeram o protesto.
Depois do sucedido foram convidados a abandonar as instalações, »vamos respeitar, apesar de não concordarmos. É que não somos nenhuns vândalos que andamos aqui. Alguém na televisão nos intitulou de marginais, mas nós não somos marginais», referiram os manifestantes.