Faz hoje 30 anos: terramoto de 7.3 na escala de Richter deixou mais de 6.400 mortos no Japão
1995: um terramoto, com uma magnitude de 7.3 na escala de Richter, deixou, além dos mais de 6.400 mortos, 40 mil feridos e provocou danos em 640 mil edifícios, incluindo 100 mil casas que ficaram totalmente destruídas, figurando como o mais trágico da história do Japão no século XX depois do sismo de Kanto que, em 1923, fez mais de 100 mil vítimas mortais.
O abalo ocorreu às 5h46 (horas locais) do dia 17 de janeiro de 1995.
Segundo a agência ‘Reuters’, foi o primeiro terramoto no Japão a medir o máximo 7 na escala de intensidade sísmica do Japão, o que a agência meteorológica do país diz que tornaria impossível permanecer em pé ou se mover sem rastejar. O epicentro localizou-se na parte Norte da ilha Awaji, no Mar Interior, a uma profundidade de cerca de 16 quilómetros. Durou cerca de 20 segundos, mas registou uma magnitude de 7.3 na escala de Richter, matando aproximadamente 6.400 pessoas.
O efeito devastador deste sismo está relacionado com proximidade do epicentro à região de Hanshin, a segunda maior área urbana do Japão, com mais de 11 milhões de habitantes. Localizada apenas a cerca de 20 quilómetros da ilha Awaji (onde se localizou o epicentro), integra grandes cidades como Kobe e Osaka.
Kobe foi precisamente a cidade mais atingida, com mais de 4.500 mortes, 14 mil feridos e cerca de 120 mil estruturas danificadas – mais de metade delas completamente destruídas.
O sismo de Kobe veio expor a vulnerabilidade das infraestruturas e pôr em causa a maior resistência da construção japonesa. Durante o tremor de terra colapsaram vários edifícios, linhas férreas e viadutos que supostamente seriam construções anti-sísmicas.