“Exposição a substância tóxica no corpo”: ditador sírio exilado em Moscovo terá sido alvo de tentativa de envenenamento

Um canal russo da plataforma ‘Telegram’ afirmou esta quinta-feira que Bashar al-Assad pode ter sido envenenado, o que levantou especulações online sobre o destino do ditador sírio refugiado em Moscovo, sob a proteção de Vladimir Putin, desde 8 de dezembro último: a alegação foi feita pelo canal ‘General SVR’, da responsabilidade de antigos e atuais membros do Serviço de Inteligência Estrangeira Russo.

Numa publicação recente, escreveu que “há todos os motivos para acreditar que foi feita uma tentativa de assassinato” contra Assad, acrescentando que o ditador sírio explicou à sua equipa de segurança que se sentia mal, com “dificuldade para respirar e pediu ajuda médica”, no passado domingo: após procurar ajuda médica, começou a “tossir violentamente e a engasgar-se”. As autoridades russas foram informadas e foi emitida uma ordem para que Al-Assad fosse tratado em casa.

Segundo o canal, os testes “mostraram traços de exposição a uma substância tóxica em seu corpo”, antes de sua condição se estabilizar na noite de segunda-feira, acrescentando que está em marcha uma investigação, “mas não foi possível determinar como Bashar al-Assad foi exposto ao veneno”.

A Rússia ofereceu refúgio a Assad, um antigo aliado de Vladimir Putin, depois de cinco décadas de poder da sua família terem chegado ao fim após uma revolta rebelde liderada pelo grupo militante islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS).

Moscovo recebeu um golpe após a saída de Assad e está lutando para manter seus ativos militares na Síria, como a base naval crítica em Tartus. Não está claro se o destino de Assad na Rússia seguirá o de outros ex-ditadores que estão lá, como o ex-líder ucraniano Viktor Yanukovych.