Eurodeputados discutem novos limites às emissões de CO2. Ambientalistas pedem a proibição da venda de novos carros a combustão até 2030
Esta terça-feira, o Parlamento Europeu leva a debate novas metas para emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2040. Organizações ambientalistas defendem que eurodeputados devem traçar limites mais ambiciosos para melhorar a qualidade do ar nas cidades.
Na semana passada, mais de meia centena de organizações ambientalistas europeias pediram ao Parlamento Europeu para reduzir os limites máximos de emissões de CO2 dos automóveis novos ligeiros de passageiros e mercadorias.
As organizações pediram que a partir de “2030 ou bastante próximo disso” se acabe com a venda de novos automóveis com motores de combustão interna e que haja “metas de redução de CO2 significativamente mais elevadas para os fabricantes de automóveis, tanto em 2025 como em 2030 e com um objetivo intercalar para 2027”.
“Esta é uma medida fundamental para a Europa se tornar independente energeticamente e cumprir a neutralidade climática em 2050 ou antes”, argumentam as organizações, em que se inclui a portuguesa Zero.
Consideram que esses limites permitirão acelerar a transição para a mobilidade elétrica e defendem que “os decisores políticos da União Europeia podem e devem ser ambiciosos”, afirma a Zero em comunicado.
Os ambientalistas chamam a atenção para as “soluções ‘verdes’ falsas de propaganda ambiental por parte das petrolíferas” e pedem aos deputados do Parlamento Europeu que aproveitem a “oportunidade de ouro” para aumentarem as exigências aos fabricantes.
Com estes limites mais restritos, pediram que os automóveis elétricos “se tornem mais baratos do que os equivalentes com motor de combustão”.
“Os automóveis de passageiros e as carrinhas de mercadorias são responsáveis por 15% de todas as emissões de CO2 na Europa e são a maior causa de poluição nas cidades europeias, poluição que é responsável pela morte prematura de mais de 40.000 pessoas todos os anos”, aponta a Zero, destacando que em Portugal, “são cerca de 6.000 pessoas por ano a morrerem prematuramente por esta causa”.