Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses

A Euribor desceu hoje a três e a seis meses, para mínimos desde 31 de março de 2023 no prazo mais baixo, e subiu a 12 meses em relação a terça-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 3,049%, continuou acima da taxa a seis meses (2,916%) e da taxa a 12 meses (2,642%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, desceu hoje para 2,916%, menos 0,007 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,2% e 25,8%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou hoje para 2,642%, mais 0,012 pontos do que na terça-feira.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu hoje, ao ser fixada em 3,049%, menos 0,008 pontos.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.