EUA confirmam primeira morte de uma pessoa infetada com gripe das aves
O Departamento de Saúde da Louisiana confirmou, esta segunda-feira (6), a primeira morte nos Estados Unidos associada à gripe aviária H5N1. A vítima, um homem com mais de 65 anos e com condições médicas pré-existentes, foi hospitalizada em 18 de dezembro após exposição a aves domésticas e selvagens, de acordo com as autoridades de saúde locais.
Este caso marca a primeira fatalidade no país relacionada a um surto do vírus que já infetou dezenas de pessoas e afetou milhões de aves e gado nos Estados Unidos. Desde abril, cerca de 70 pessoas no país contraíram a gripe aviária, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), sendo a maioria trabalhadores da pecuária com contacto direto com aves infetadas ou gado leiteiro.
Num comunicado, o Departamento de Saúde da Louisiana destacou que, embora o risco geral para a população permaneça baixo, pessoas que trabalham diretamente com aves, tanto domésticas quanto selvagens, ou que têm contacto recreativo com estas, enfrentam um perigo maior de exposição ao vírus H5N1.
A vítima, identificada como o primeiro caso hospitalizado com gripe aviária nos Estados Unidos, tinha histórico de interação com galinhas de quintal e aves selvagens. Este fator, segundo os especialistas, terá contribuído para a infeção.
O CDC, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre este caso específico, tem acompanhado o surto de gripe aviária no país e alertado para a necessidade de reforçar medidas preventivas no setor agropecuário. O vírus H5N1, embora raro em humanos, tem um elevado impacto económico e sanitário devido às perdas significativas na produção avícola e aos riscos para a saúde pública.
Este incidente reforça a importância de práticas rigorosas de biossegurança e monitorização constante para proteger tanto os trabalhadores como a população em geral, enquanto o governo continua a acompanhar a evolução do surto e a avaliar os riscos associados.