Estes 4 países europeus já pagam melhores salários do que os EUA. Sabe quais são?

Há uma suposição antiga de que quem trabalha nos Estados Unidos, em particular nas grandes cidades como Nova Iorque ou São Francisco, ganham mais do que os seus homólogos europeus, especialmente no setor tecnológico.

Considere-se os engenheiros de IA como exemplo: em 2023, aqueles com capacidade para treinar modelos de Inteligência Artificial tiveram salários médios de cerca de 300 mil dólares (cerca de 275,6 mil euros). Os mesmos profissionais na Europa ganham significativamente menos – varia entre 40 mil euros na Alemanha e Países Baixos e 100 mil euros na Suíça.

No entanto, com o salário médio nos EUA a situar-se agora em 59.228 dólares (mais de 54 mil euros), em mais de uma dúzia de países europeus, incluindo Suíça, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Bélgica, Áustria, Alemanha, Países Baixos, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Irlanda e França, os Estados Unidos já foram ultrapassados no que diz respeito ao salário líquido.

Há por isso quatro países europeus que já pagam melhores salários do que os EUA. Quais?

Suíça

Dados compilados pelo Eurostat revelaram que, em 2022, os trabalhadores na Suíça eram os mais bem pagos, com o salário médio anual a situar-se em 106.839,33 euros.

Os salários na Suíça são mais elevados por vários motivos. Para começar, tem impostos mais baixos do que o resto da Europa, com os trabalhadores a pagarem, em média, 18,6% de imposto sobre o rendimento, em comparação com a média da OCDE de 24,9%, o que significa que o salário líquido é mais elevado.

Por outras palavras, os contribuintes suíços levam para casa 81% do seu salário bruto, em comparação com a média da OCDE de 75%. A situação fica ainda melhor para quem tem filhos – o trabalhador casado médio e com dois filhos paga apenas 6% graças aos benefícios relacionados com os filhos e às disposições fiscais, em comparação com a média da OCDE de 14%.

A Suíça também tem um setor financeiro robusto – os depósitos totais em bancos suíços foram reportados em pouco mais de 2 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) em março – e a procura de profissionais financeiros qualificados é elevada. Como tal, o trabalhador médio pode ganhar mais de 100 mil euros.

Islândia

Apesar da crise financeira de 2008, que viu o colapso de três dos principais bancos comerciais privados do país, o desemprego disparou e o valor da moeda caiu vertiginosamente, os trabalhadores na Islândia recebem agora alguns dos salários mais elevados da Europa.

O salário médio da Islândia é de 81.942 euros, de acordo com dados da Eurostat. Isto deve-se em grande parte aos acordos laborais da Islândia de 2019, que contribuíram para ajustar os salários em linha com a inflação.

Luxemburgo

O conceito de pagar às pessoas um salário mínimo não é novo. O salário social mínimo do Luxemburgo é revisto de dois em dois anos, o que faz com que os padrões salariais estejam num estado de revisão quase constante, em linha com os elevados custos de vida.

No entanto, não foram apenas as revisões salariais que resultaram em salários no Luxemburgo numa média de 79.903 euros por ano. Os salários médios também são impulsionados pelo setor financeiro, onde os funcionários são bem remunerados pelas suas competências e conhecimentos.

Noruega

Os nórdicos têm uma classificação consistentemente elevada na escala de felicidade, e aqueles que vivem na Noruega, em particular, podem ficar ainda mais satisfeitos por saberem que ganham mais dinheiro, em média, do que os seus vizinhos escandinavos, bem como os dos EUA.

Embora a tributação de 28% esteja acima da média da OCDE, o salário médio anual é de 74.506 euros.

Em grande parte, deve-se a elevados padrões de educação, juntamente com uma cultura que promove a igualdade financeira entre os trabalhadores – aqueles que trabalham em empregos não qualificados ganham apenas um pouco menos do que aqueles que trabalham em indústrias profissionais.

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