Este pequeno país está no epicentro dos problemas da Europa, mas caminha para um crescimento económico estrondoso

A Eslováquia, uma nação pequena no coração da Europa, está a caminho de um dos crescimentos económicos mais notáveis da União Europeia, apesar de enfrentar uma série de desafios que colocam à prova a sua resiliência.

Este antigo membro da Checoslováquia, que obteve a independência em 1992, tem sido cada vez mais reconhecido por sua economia aberta e forte dependência das exportações, como conta o ‘elEconomista’. No entanto, a sua vulnerabilidade a fatores externos, como a queda nas vendas globais e as dificuldades do comércio internacional, coloca questões sobre o seu futuro.

Com vendas ao exterior a representarem 91,9% do PIB, a Eslováquia está entre os países mais expostos ao comércio global, apenas atrás de Luxemburgo, Irlanda, Malta e Chipre. A sua principal indústria, a automóvel, é particularmente sensível a esses fatores, representando cerca de 13% do PIB, 54% da produção industrial e 33% das exportações. No entanto, este setor tem registado quedas nas vendas, com uma redução significativa de encomendas, especialmente na Europa, onde a procura por automóveis caiu 6%.

Além disso, a dependência da Eslováquia do petróleo e gás russos coloca-a numa posição delicada, sendo um dos países da União Europeia mais vulneráveis a alterações no fornecimento energético. Com 60% do petróleo e 85% do gás do país vindo da Rússia, a interrupção do fornecimento a partir de 1 de janeiro de 2025, devido à falta de acordo sobre o trânsito através da Ucrânia, pode agravar a situação energética.

Apesar dessas ameaças, as projeções económicas para 2025 são mais otimistas do que se poderia esperar. A Comissão Europeia prevê que a Eslováquia seja uma das economias com crescimento mais rápido, com um aumento de 2,3% do PIB. A Fitch Ratings, por sua vez, antecipa um crescimento de 3,5%, destacando a forte recuperação do consumo interno como um motor crucial para a economia, revela a mesma fonte.