Este país tinha uma dívida pública estrondosa em 2012, e agora até sobra dinheiro

Há mais de uma década, a Irlanda enfrentava uma crise financeira severa que a forçou a recorrer a um resgate em 2010. Desde então, a nação transformou a sua situação fiscal e atualmente apresenta uma das dívidas públicas mais baixas da Europa, contrastando com o panorama difícil de outros países da Zona Euro.

Enquanto muitos países europeus são obrigados a enviar planos de cortes orçamentais a Bruxelas para compensar os défices, o governo irlandês, liderado pelo primeiro-ministro Simon Harris, está prestes a apresentar um orçamento com um “presente fiscal” para atrair eleitores, conta o ‘elEconomista’.

A Irlanda usufrui de um excedente fiscal considerável, resultado da elevada arrecadação de impostos das multinacionais que operam no país. Este cenário permite à Irlanda manter a despesa pública a um nível de apenas 20% do PIB, em comparação com a média de 49% na zona euro.

O orçamento, que será o primeiro do novo Ministro das Finanças, Jack Chambers, deverá incluir cortes no imposto sobre o rendimento e incentivos à habitação. O Primeiro-Ministro, que assumiu o cargo há seis meses, procura fortalecer o apoio ao seu partido, o Fine Gael, em vista das eleições previstas para março, embora haja especulações sobre a possibilidade de antecipação das mesmas.

Recentemente, a Irlanda recebeu um pagamento significativo da Apple, após uma decisão judicial da União Europeia que obrigou a empresa a reembolsar benefícios fiscais considerados ilegais. Simon harris pretende destinar uma parte substancial deste montante a projetos de habitação e infraestruturas.

Apesar da atual estabilidade financeira, especialistas alertam para a necessidade de uma gestão cautelosa dos gastos para evitar a sobrecarga da economia e a inflação. A dependência de apenas algumas multinacionais para a arrecadação fiscal também levanta preocupações sobre a vulnerabilidade das finanças públicas.

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