Este foi o inverno mais quente de sempre e a culpa é do Pólo Norte

Falta menos de um mês para o final do inverno e as estatísticas indicam que as temperaturas registadas são as mais altas de sempre, avança a Bloomberg. Neste momento, os termómetros encontram-se três graus acima da média, esperando-se que situação atípica dê origem a novos estudos sobre as razões que poderão estar a causar estas alterações no clima.

«O que realmente se destaca não é um centro de calor em particular» afirma Bob Henson, meteorologista da Weather Underground, uma empresa da IBM, «Mas sim a enorme amplitude de calor alcançada», refere citado pela Bloomberg.

O mês passado foi considerado o Janeiro mais quente da Europa, de acordo com o Serviço de Alterações Climáticas da Copernicus. Algumas zonas da Rússia, Escandinávia e leste do Canadá, registaram temperaturas cinco graus acima da média para esta altura do ano, segundo os Centros Nacionais de Informação Ambiental dos EUA.

Esta subida súbita das temperaturas não estava prevista nos centros meteorológicos, que pensavam que o frio viria do Ártico de forma normal. Empresas de previsão climáticas como a AccuWeather ou a Maxar, previram que este inverno seria mais frio do que o anterior.

«Simplesmente não aconteceu como esperado», disse Ryan Truchelut, presidente da Weather Tiger LLC em Tallahassee, Flórida, que fornece previsões para o sector agrícola. «Muitos dos meios de previsão existentes não conseguiram aperceber-se do que ia acontecer», disse citado pela Bloomberg.

A situação mantém-se enquanto o sistema de pressão, conhecido como ‘oscilação do Ártico’ tiver tendência para balançar entre baixas e altas pressões, fortalecendo e enfraquecendo os ventos polares circundantes. Os meteorologistas dizem que raramente esta situação é tão intensa e dura tanto tempo.

A causa desta alteração climática ainda é um mistério que vai conduzir a novos estudos, na tentativa de descobrir os verdadeiros motivos e se estão directamente relacionados com as alterações climáticas, uma vez que acontecem depois de se registarem quatro ‘Janeiros’ seguidos com temperaturas recorde.

«Ainda estamos nos primeiros dias de uma era climática em constante evolução», disse Henson citado pela Bloomerg.