Este é o aeroporto mais perigoso do mundo: apenas 50 pilotos têm autorização para aterrar. Veja os vídeos arrepiantes do momento

Por Francisco Laranjeira

O mundo da aviação desperta um interesse invulgar, sobretudo se se focar em alguns locais tão peculiares, como o caso de um dos aeroportos mais perigosos do mundo, no qual apenas 50 pilotos têm autorização para aterrar.

Estamos a falar do Aeroporto Internacional de Paro, no Butão, país do sul da Ásia, no meio dos Himalaias – está localizado a seis quilómetros da cidade e a 48 quilómetros da capital do país, Thimphu, sendo o único do quatro aeroportos do país que opera com voos internacionais. Situa-se a 2.237 metros de altitude num amplo vale próximo ao curso do rio Paro Chhu e com montanhas com até 5.480 metros ao redor – com esta localização, é particularmente evidente o que o torna tão perigoso.

Atualmente, existem cerca de 50 pilotos treinados para pousar na pista do Aeroporto Internacional de Paro, pois as condições e habilidades necessárias para poder fazê-lo com segurança são muito específicas. Na verdade, é necessária uma formação especial e só quem tem ‘Categoria C’ pode fazê-lo, indicou o jornal espanhol ‘El Economista’.

É o caso do experiente piloto Chimi Dorju, que trabalha para a companhia aérea nacional do Butão, a Drul Air (Royal Bhutan Airlines) há 25 anos. “É um desafio para a habilidade do piloto, mas não é perigoso. Se fosse, não estaria a voar”, salientou, em declarações à ‘CNN’.

E porquê estes pilotos específicos? Devem ter treino especial para voar, uma vez que devem fazer a aterragem neste aeroporto manualmente, sem radar. Ao mesmo tempo, devem conhecer com precisão a paisagem em redor do aeroporto, tendo em conta os obstáculos geográficos e meteorológicos.

“Em altitudes mais elevadas, o ar é mais rarefeito, então o avião tem de voar mais rápido”, referiu Dorji, que além de pilotar aviões, agora treina pilotos e tripulantes de cabina da Druk Air. “A velocidade real será a mesma, mas a velocidade relativa ao solo é muito maior.”

Outro detalhe é que o aeroporto de Paro só atende durante o dia. Não possui voos noturnos porque os pilotos não possuem o auxílio de radar. Na verdade, é preferível que todos os voos partam antes do meio-dia para evitar as fortes rajadas de vento. “Tentamos evitar operações depois do meio-dia porque aí há muitos ventos térmicos, as temperaturas sobem e as chuvas ainda não chegaram”, explicou o piloto.

Não só a aterragem é complicada, à qual se acrescenta uma pista de apenas 2 mil metros de comprimento e 30 metros de largura: a descolagem de Paro também apresenta condições adversas: por exemplo, assim que o avião abandona o solo, encontram logo uma montanha alta pela frente que devem levar em conta em cada movimento. Pode consultar o vídeo em baixo: