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Escalada ‘taco a taco’ com o ouro. Vem aí a ‘bolha’ da prata?
O ouro, em fase de acelerada ascensão, foi ultrapassado por outro metal precioso, a prata. A nova estrela da companhia acrescentou em 10 dias uma reavaliação de mais de 25%, semelhante à do ouro desde janeiro.
Um cenário que leva o Julius Baer, banco suíço privado, a alertar para o risco de se formar uma “bolha especulativa”, mas desta feira com um ativo com volatilidade muito superior à do ouro.
O ouro tem vindo a concentrar holofotes e atenções nos últimos tempos com esta sua performance sem precedentes, materializada, esta segunda-feira, com novos registos históricos. O aumento da prata passou mais despercebido, mas foi, na verdade, muito mais forte do que o do ouro.
Só nos últimos dez dias, o preço da prata excedeu 25% da reavaliação, uma percentagem semelhante à registada pelo ouro desde o início do ano. Em julho, os aumentos superaram os 30%, a caminho de um aumento mensal recorde.
A subida excede 100% dos mínimos registados pouco mais de quatro meses atrás, em meados de março, quando caiu abaixo de 12 dólares a onça.
O preço da prata continua a subir rapidamente e hoje chegou a um aumento de 10%. Com esse novo impulso, aproxima-se da barreira de 25 dólares a onça.
Os analistas de Julius Baer chamam a atenção para a magnitude destes aumentos, e estabelecem diferenças claras entre prata e ouro, alertando para a possibilidade de que uma “bolha especulativa” possa ser gerada em torno da prata, como aconteceu em anos anteriores.
Como enfatizos os suíços, a prata não possui o mesmo apelo do ouro na qualidade de porto seguro por excelência, e seu preço está mais ligado à procura física devido ao seu uso industrial.
Em matéria de alertas sobre possíveis correções bruscas em preços, os analistas do Julius Baer acrescentam que a prata tem menos proteção que o ouro contra possíveis ataques nos mercados e a sua volatilidade é muito maior devido ao tamanho menor do seu mercado.
Tal como para o ouro, o Julius Baer reviu em alta as suas previsões para o preço da prata, mas em níveis inferiores aos atuais.