Ensaio. Volvo EX30 69 kWh: SUV elétrico premium sueco quer dar cartas

O Suv elétrico premium sueco quer “dar cartas” no segmento B

A Volvo, como outras marcas premium, percebeu que o segmento B é aquele que mais cresce em Portugal e na Europa e estar aqui representado é garantia de um futuro sustentável para a marca sueca, mesmo que tenha sempre sido dominado pelas marcas ditas generalistas. 

Desde que foi comprada pela Geely que a marca soube continuar a manter o ADN que celebrizou: a segurança, a estética, a robustez, qualidade, inovação e sustentabilidade, própria de uma cultura sueca. 

Acertar por isso à primeira no desenho do EX30 foi importante – e as encomendas mostram isso mesmo. O EX30 tem-se revelado um sucesso. E, tal deve-se também à sua estética exterior materializada numa dianteira dominada pela assinatura luminosa com o martelo de Thor, um layout robusto mas elegante e minimalista.

 Apresenta-se em duas variantes: uma com motor com o single motor (veículo de ensaio) e outra Twin Motor (428cv).

 O EX30 é, como todos os modelos deste segmento, bastante mais contido nas suas dimensões mas, exteriormente, facilmente o distinguimos nas nossas ruas pois apresenta toda a estética que sempre diferenciou a Volvo sendo que neste o minimalismo e elegância trespassam para o interior. 

Encontramos aqui bastantes materiais suaves ao toque, vários deles reciclados, com o minimalismo sueco a imperar de novo, mas sobretudo, distingue-se do classicismo dos “seus irmãos” pela inserção de uma componente tecnológica.

Assim, além das várias tomadas para carregamento de telemóveis – uma exigência de um veículo mais urbano – a Volvo segue a tendência de algumas marcas ao centralizar toda a informação no ecrã da consola central de 12,3”, ficando somente de fora os botões dos vidros elétricos que também aqui se encontram na consola central – ao invés das portas – em numero de dois mas que fruto de um engenhoso processo (que exige aprendizagem) serve para também para os vidros traseiros .

Os bancos são tipicamente suecos: confortáveis, envolventes e ergonómicos, o volante com um ar fino e diâmetro correto, não circular mas que não desgosto, somente tem à sua frente o pequeno ecrã para detetar sinais de fadiga e distrações do condutor.

A consola central também está bem idealizada com o apoio de braços a esconder o porta copos deslizante, ficando o “chão” reservado para o carregador sem fios e também para colocar outros objetos. O porta-luvas mudou também para a posição central do tablier – talvez para ser mais acessível também ao condutor e libertar mais espaço para o passageiro.

Tal como a concorrência direta, o EX 30 é mais espaçoso à frente do que atrás mas tal deve-se ao segmento onde se insere, sendo que a escolha dos materiais, as cores e os desenhos dos mesmos eleva a perceção de qualidade.

Confesso que me sinto bem enquadrado desde o início do ensaio com o EX 30 e, por isso é tempo de o levar para a cidade; neste caso com a bateria de 69 quilowatts, autonomia próxima dos 470 km e na versão single motor de 272 cavalos,  mais que suficientes para uma condução despachada mas dentro dos limites legais existentes em Portugal.

Uma das grandes vantagens do twin motor passa pela maior aderência em pisos escorregadios fruto da tração integral. 

Já na cidade cumpre em tudo, sendo bastante agradável de conduzir,  onde o conforto condiz com o comportamento ágil .

Sabemos  e percecionamos  que não é um desportivo e isso nota-se até na direção filtrada e bastante leve, mas justificável por ser um modelo mais citadino pronto. Em autoestrada mantém as mesmas características onde consegue perfazer mais de 300 km sem abastecer.

Em resumo, diria que a marca soube interpretar bem o segmento B onde se insere, com um produto agradável esteticamente, mantendo a herança da casa-mãe, com uma insonorização mais cuidada, tecnológico e com bom comportamento.  

 

Preço da unidade ensaiada 69 kWh Single Motor Exten Range 272 Plus 48.000€ 

Desde 39.000€ a 54 000€ . 

+ estética, ergonomia e usabilidade 

 – espaço traseiro e capacidade da bagageira