Ensaio HYUNDAI I20N 204 cv. Transpira rallies, absorve asfalto
A partir de um motor turbo de 1.6 litros T-GDi com quatro cilindros, 204 cv e toda a sabedoria e inspiração da competição, a marca demonstrou mais uma vez a sua capacidade e habilidade em construir projetos automóveis ao nível dos melhores construtores de automóveis.
E, não é certamente um acaso a competência que tem demonstrado no campeonato do mundo de rallies, com provas ganhas.
Exteriormente a Hyundai construiu um modelo onde exponenciou os apêndices aerodinâmicos – uns como elementos de design mas os restantes para garantir o downforce necessário, a estabilidade e o comportamento referencial do modelo. São disso exemplo, os párachoques mais pronunciados com saias e apêndices, uma grelha ainda hexagonal e tridimensional num contraste entre o preto da mesma e o azul da sua pintura (pintura bi-tone com o tejadilho e espelhos em cor preta), com o rebordo inferior vermelho ao longo de toda a carroçaria.
Atrás, a Hyundai voltou a criar uns párachoques mais pronunciados, também pelo fator sustentação, um spoiler pronunciado e, novamente, o jogo das cores azul e negro a tornarem a traseira ainda mais apelativa, corroborada pela ponteira de escape (claramente não é um apontamento estilístico e traz uma sonoridade e rugido que “obriga o piloto de ocasião” a querer andar sempre a ouvir tal concerto)
O spoiler duplo, o Duct Air Guide e o Splitter frontal melhoram a aerodinâmica, minimizam o arrasto e maximiza o o downforce..
O interior mantém os plásticos rijos em todo o habitáculo mas de boa qualidade e montagem num decalque dos seus irmãos. Não sendo do meu agrado o painel central plantado no meio do tablier, neste, o mesmo surge no prolongamento do painel de instrumentos, uma solução bem consensual e interessante.
Os bancos acolhem-nos e seguram-nos para poder carregar no botão do start e parametrizar o nosso modelo com os cinco modos de condução: Normal, Eco, Sport, N, N Custom, desde a direçao, controlo de estabilidade, sonoridade do escape, etc. Já agora a caixa é curta, manual e bem precisa com travão de mão à antiga (manual).
A ergonomia é uma constante no I20 mas o que mais cativa é o rugido, pois assim que se arranca percebe-se do que é feito e para que é feito. Um modelo trazido da competição para a estrada. Os arranques são vigorosos e a competência com que efetua as curvas é enorme, com uma ligeira tendência a sair de frente, quando muito, mesmo muito, provocado. Raras vezes falamos dos pneus mas os Pirelli que o I20 traz contribuem também para este comportamento. Com uma suspensão fechada percebe-se que, em pisos menos regulares, o conforto sai penalizado.
Publico alvo
Nem sempre é fácil definir um target para um veículo destes. A marca certamente sabe melhor que nós mas acredito posicionar-se para um público jovem, atrevido, urbano que procura acima de tudo emoções. Que conhece os pergaminhos da marca no mundo da competição e quer viver a vida ao máximo.
Explorado no limite os consumos chegam aos 12,7l mas conseguimos consumos de 6,7 em condução calma. Preço final 32.000€ (mas lembre-se que até launch control vem de série e tem 7 anos de garantia sem limite de kms)