Encontrado “campo de destroços” junto ao ‘Titanic’

Foram encontrados destroços perto do ‘Titanic’, garantiu esta quinta-feira a Guarda Costeira dos Estados Unidos: numa publicação na rede social ‘Twitter’, o organismo responsável pelas buscas do submersível Titan frisou que foi “descoberto um campo de destroços dentro da área de busca por um veículo operado remotamente (ROV)” perto do local onde jaz o malogrado paquete.

“Especialistas do comando unificado estão a avaliar as informações”, sublinhou a Guarda Costeira num tweet. Por agora, não há mais detalhes sobre a descoberta, não se sabendo se os destroços são efetivamente do Titan, que fazia uma expedição ao Titanic.

Recorde-se que o contra-almirante John Mauger, que está a liderar a operação, havia dito anteriormente à ‘Sky News’ que a equipa de busca tem ROVs “que estão a trabalhar ao longo da linha de caminho onde ocorreu o mergulho planeado para o submersível Titan”. “E temos a capacidade de busca e resgate”, sublinhou.

A Guarda Costeira vai realizar uma conferência de imprensa às 20 horas (hora de Lisboa) para partilhar as últimas descobertas da operação de busca do submarino Titan.

A descoberta é o primeiro sinal possível do submersível Titan desde o seu desaparecimento, a cerca de 900 milhas da costa de Cape Cod.

Um amplo esforço de busca, que envolve aviões de reconhecimento Boeing P-8 Poseidon e C-130 Hercules, do Canadá, 10 embarcações e boias de sonar subaquático têm vasculhado a área do Oceano Atlântico Norte.

A área alvo de buscas é enorme e o rastreador de navios ‘MarineTraffic’ fez uma publicação no Twitter no qual se pode ver o movimento das embarcações envolvidas na operação de busca e resgate do Titan de entre terça e quinta-feira.

O submersível, operado pela OceanGate Expeditions, iniciou a sua descida de duas horas até os destroços do Titanic na manhã do passado domingo, tendo perdido o contato com o ‘Polar Prince’, o navio de apoio que transportou a embarcação para o local no Atlântico Norte, 1 hora e 45 minutos depois da sua descida. As operações de busca começaram mais tarde, no próprio dia.

Numa altura em que se estima que o oxigénio a bordo do submersível se teria esgotado, a Guarda Costeira norte-americana, apoiada por vários aviões e navios, intensificou as buscas: já se terão esgotado as 96 horas que se estimava existirem para manter o oxigénio para os cinco tripulantes do Titan.

Contudo, especialistas reconhecem que essa é uma estimativa vaga e imprecisa e que o tempo de oxigénio pode variar substancialmente em função de várias variáveis.

As autoridades esperam que os sons subaquáticos, que continuam a ser monitorizados, possam ajudar a restringir as operações de busca, cuja área de cobertura foi expandida para vários milhares de quilómetros. No entanto, os especialistas envolvidos na busca salientam diversos obstáculos, desde identificar a localização da embarcação, até alcançá-la com equipamentos de resgate, até trazê-la à superfície – supondo que ela ainda esteja intacta.

Para se ter noção da exigência e dificuldade da operação, veja este gráfico animado da profundidade do ‘Titanic’:

Cientista com experiência em submersíveis diz que algo “muito grave” aconteceu com o Titan