Empresas de Crescimento Elevado geram emprego

Entre 2010 e 2013, o número de empregados das Empresas de Crescimento Elevado (ECE) cresceu 162%, ou seja, foram criados mais de 56 mil novos postos de trabalho. Os dados da Informa D&B apontam para estas empresas enquanto capazes de contrariar a crise apesar de corresponderem a uma parte mínima do universo empresarial.

O estudo “Empresas de Crescimento Elevado 2010-2013″ incide sobre as ECE, ou seja, empresas que têm pelo menos 10 empregados e que registaram um crescimento orgânico médio anual de empregados superior a 20% durante três anos consecutivos. De acordo com os resultados apresentados, este tipo de empresas compõe apenas 0,3% do panorama empresarial português, na forma de 848 empresas, sendo responsáveis, ainda assim, por 9% do emprego criado.

Do universo português, a Informa D&B destaca as Empresas Gazela, um conceito que diz respeito a negócios jovens, com apenas cinco ou seis anos, mas que apresentam taxas de crescimento acentuado. O estudo mostra que estas empresas representam 19% das ECE e que a sua taxa de criação de emprego, por exemplo, é superior à geral (180% versus 162%).

Quanto ao crescimento do volume de negócios, as ECE facturaram 5934 milhões de euros entre 2010 e 2013, mais 51% do que nos três anos anteriores, ao passo que as Empresas Gazela apresentaram um crescimento de 106%, ou seja, 695 milhões de euros.

Para isso contribuíram as exportações que aumentaram 80% no período analisado pela Informa D&B. As Empresas Gazela voltam a registar resultados superiores face à totalidade das ECE com o valor das exportações a crescer 241%. No geral, 54% das ECE são exportadoras.

O estudo demonstra ainda que 86% das ECE tem entre 10 e 49 empregados, deixando a percentagem menor para as que têm mais de 249 empregados e que representam apenas 1% do todo. A maior parte está concentrada no Norte com 39% das empresas a fixarem-se nesta zona de Portugal, seguida por Lisboa, ficando a Madeira para último com apenas 1%.

Os sectores com mais ECE são os dos Serviços e Indústrias Transformadoras com 23% das empresas com actividade em cada um deles. A Construção foi o sector que mais desceu entre 2010 e 2013, apresentando uma quebra de 6,7%.