Em vésperas de concertação social, patrões lembram que o problema “não é a subida do salário mínimo”

Em vésperas da reunião da concertação social com o Governo, Óscar Gaspar, da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP) não quis fazer previsões sobre o encontro, mas deixou claro que o problema claro para os patrões “não é a subida do salário mínimo, mas os custos de contexto da contratação”.

O problema do salário mínimo não se coloca, a questão são os custos de contratação, os custos tem sido elevados para as empresas. Se fossem só os salários não haveria problemas, acima dos salários há encargos e acima encargos, há uma panóplia de de outros custos”, afirmou Óscar Gaspar.

O líder associativo lembrou que para a CIP “é importante que haja aumento dos salários em Portugal, Nós não queremos ser competitivos pelos baixos salários”.

Esta semana, em entrevista à Antena 1/ Negócios, Francisco Assis afirmou que embora as confederações patronais nunca tenham dito “abertamente” que são contra um aumento de 6% para 705 euros brutos – por terem noção que o salário mínimo “ainda é muito baixo” – também têm sublinhado que “nem todos os setores da economia estão nas mesmas condições”.

“Tem de se encontrar muitas vezes elementos de equilíbrio”, frisou Francisco Assis.