DGS confirma primeiro caso de febre hemorrágica da Crimeia do Congo em Portugal e deixa recomendações

Foi detetado o primeiro caso de Febre Hemorrágica da Crimeia do Congo em Portugal. O caso, registado em Bragança, ocorreu num idoso que morreu num hospital, avança a SIC Notícias.

Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma que “a 14 de agosto de 2024, foi identificado o primeiro caso laboratorialmente confirmado de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC), em Portugal”.

As autoridades de saúde sublinham, no entanto, “que não há risco de surto nem de transmissão de pessoa para pessoa, evidenciando que se trata de um caso raro e esporádico”.

A DGS acrescenta que “o vírus que causa a Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) não foi detetado, até agora, em carraças na rede de vigilância entomológica REVIVE, o que indica que o risco para a população é reduzido”.

“A DGS e os seus parceiros permanecem atentos e continuarão a acompanhar a evolução da situação e a atualizar as orientações técnicas para os profissionais de saúde a nível das unidades de saúde pública e dos serviços de prestação de cuidados para melhor deteção, diagnóstico, abordagem terapêutica e proteção de contactos de casos suspeitos”, termina a DGS.

Como se manifesta a doença?

A Febre Hemorrágica da Crimeia do Congo é uma doença viral que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é causada por um vírus (Nairovirus) da família Bunyaviridae, e é transmitida por carraças.

Apesar do contágio entre adultos ser considerado difícil, pode ocorrer através do contacto com secreções de uma pessoa infetada, especialmente o sangue. Na maioria dos casos os sintomas são leves, embora, em casos mais graves, os pacientes possam ter febre hemorrágica.

A doença revela-se primeiro com febres, dores de cabeça e mal-estar de início súbito, dor abdominal progressiva, rigidez da nuca, mudança de humor e agitação seguida de cansaço (fase pré-hemorrágica).

O período que decorre entre o contacto com os agentes infetantes e o aparecimento dos primeiros sintomas é de três a 12 dias.

A fase seguinte da doença, que existe em muitas regiões da África, Médio Oriente e Europa Oriental, é caracterizada com o aparecimento de pequenos pontos hemorrágicos disseminados e outros sinais de hemorragia.

A doença tem uma taxa de mortalidade entre 20% e 50%.

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