Depois de quase «400 mil pessoas» vacinadas com a primeira dose, Portugal entra numa fase «muito mais exigente», diz Costa
O primeiro-ministro, António Costa, informou esta quarta-feira que quase “400 mil pessoas receberam, pelo menos, a primeira toma” da vacina contra a covid-19, entre profissionais de saúde prioritários, todos os utentes e trabalhadores em lares e outro tipo de residências para idosos.
Costa acrescentou que Portugal vai agora entrar numa nova etapa da vacinação. “É uma nova fase muito mais exigente do que as que tivemos agora. Abrange um universo total de 900 mil pessoas”, disse, sublinhando que “vai exigir uma grande capacidade de mobilização de todas as unidades de saúde”.
Esta quarta-feira começa uma nova etapa da campanha de vacinação em Portugal, que abrange um universo de 900 mil pessoas. Vão começar a ser inoculados os idosos com mais de 80 anos e as pessoas entre 50 e 79 anos com comorbilidades (insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ ou oxigenoterapia de longa duração).
Portugal agora “vai dar o salto”, disse Costa. “Vamos ter dois meses de trabalho muito exigente, mas vai ser fundamental para preparar a fase seguinte, que é a etapa em que já estão vacinados todos aqueles com mais de 80 anos e todos aqueles entre 50 a 79 anos com comorbilidades”, considerou.
Depois desta fase, “começamos a dirigir-nos à população em geral”, o que vai ser “um exercício muito mais complexo”, estando também dependente da quantidade de vacinas disponíveis. Neste sentido, o primeiro-ministro lembrou que, “neste momento, há um esforço muito grande da Comissão Europeia para que a indústria cumpra os contratos” de fornecimento de vacinas.
O governante falou depois da ministra da Saúde, Marta Temido, numa visita a uma unidade de saúde familiar (USF) em Lisboa. A responsável também destacou que esta fase de imunização ia ser “mais complexa e desafiante”.
Apesar da exigência, António Costa disse que não valia a pena “excesso de ansiedade”. As pessoas serão contactadas para receberem a vacina e, por isso, não é necessário dirigirem-se aos hospitais e centros de saúde a pedirem para serem vacinadas. “Há algo que é fundamental: não vale a pena termos um excesso de ansiedade ou correr para as unidades locais de saúde a pedir a vacina”, sustenta.
Portugal entra, assim, numa nova etapa da fase 1 do plano nacional de vacinação contra o novo coronavírus, que se iniciou no dia 27 de dezembro e que foi recentemente atualizado.