De ‘Parasitas’ a ‘Squid Game’: Cultura sul-coreana já vale mais de dez mil milhões de dólares
Quando o “Parasita” da Coreia do Sul ganhou o prémio de melhor filme nos Óscares de 2020, uma mulher chamada Miky Lee subiu ao palco para aceitar o elogio. Lee, a produtora executivo do filme, faz parte da família por trás do Grupo CJ, que durante mais de duas décadas, investiu na cultura pop do país.
Agora, à medida que o conteúdo sul-coreano explode no panorama global, com a série “Squid Game” a tornar-se uma sensação da Netflix, a boy band BTS a alcançar o estrelato mundial e o filme “Parasitas” a arrecadar quatro Óscares, os Lees estão a somar as apostas.
A unidade de entretenimento do Grupo CJ está a considerar comprar uma participação na SM Entertainment Co., uma grande empresa e agência de produção k-pop, de acordo com a Bloomberg. A empresa planeia gastar mais de 4 mil miliões de dólares na produção de conteúdos nos próximos cinco anos.
As exportações de conteúdos sul-coreanos aumentaram 6,3% para 10,8 mil milhões de dólares no ano passado, de acordo com um relatório conjunto do Ministério do Comércio e da Korea Creative Content Agency, um organismo governamental que supervisiona a indústria de conteúdos.
As exportações culturais ultrapassaram outras áreas-chave, como os produtos agrícolas, os cosméticos e os eletrodomésticos.
Apesar do crescimento, a indústria de entretenimento sul-coreana ainda é pequena em relação aos seus pares. As receitas no mercado de conteúdos, que englobam música, jogos e filmes, ascenderam os 61 mil milhões de dólares na Coreia do Sul em 2019, contra os 874 mil milhões nos EUA e 351 mil milhões na China, segundo um relatório de janeiro da Korea Creative Content Agency.