Cripto no futebol: Todos os clubes terão um NFT associado em 2023, estima Deloitte
A febre dos NFT (ativos não fungíveis) escalou este ano e já chegou ao futebol, onde deverão continuar a movimentar milhões. A ponto de a auditora Deloitte estimar que, em 2023, todos os clubes das maiores ligas europeias deverão ter algum tipo de NFT associado, avança o ‘Jornal de Negócios’.
“O futebol tem a maior base de fãs entre todos os desportos, e os NFT e o futebol podem ser uma combinação bastante atrativa”, explica a auditora, num relatório divulgado pelo jornal.
“Se a experiência dos primeiros clientes se mostrar positiva, o mercado deverá continuar a crescer, e ser parte da digitalização e da globalização da experiência do adepto”, dá conta o mesmo documento.
“Sendo este um ativo digital, o que se detém não será o golo propriamente dito, mas uma espécie de senha gerada sobre o item digital”, explica o ‘Negócios’, adiantando que para comprar este ativo é necessário deter a criptomoeda ou “token” requerido.
“Por exemplo, se eu quiser comprar um destes ativos na Zilliqa – a parceira da empresa de Jorge Mendes nos NFT – terei de possuir o “token” criado por ela, valorizando a moeda e comprando os critpoativos”, refere a publicação. O objetivo é claro e comum aos investidores: lucrar.
Os clubes, afetados pela pandemia, precisam de gerar novas formas de receita e as criptomoedas podem ser uma das “bóias de salvação”, aumentando a sua base de investidores.
De acordo com o mesmo relatório da Deloitte, as receitas dos maiores clubes europeus contraíram 13% em 2020. No mesmo período registaram 175 milhões de euros com os “fan tokens”, diz o Daily Telegraph, citado pelo ‘Negócios’.
A Crypto.com, de venda de criptoativos, pagou para se tornar um dos patrocinadores oficiais da Serie A italiana; a Sorare, tornou-se patrocinadora da liga espanhola; a Socios.com é a patrocinadora oficial dos equipamentos de clubes como o Inter de Milão. E numa jogada de marketing, parte do salário de Lionel Messi, transferido este verão para os franceses do Paris Saint-Germain, foi pago em “fan tokens”. Exemplos de que as criptomoedas vieram para ficar e em todos os negócios.