Covid-19: Sindicato dos guardas prisionais defende encerramento temporário de todas as cadeias
O principal sindicato dos guardas prisionais considera que deviam ser encerrados temporariamente todos os estabelecimentos prisionais, tal como aconteceu durante a primeira vaga da pandemia, avança o jornal Expresso.
“A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais deveria estar a agir preventivamente, e não reativamente. Só estão a fechar as cadeias a conta-gotas, quando a medida deveria ser generalizada a todas elas”, alerta o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, em declarações à publicação.
Desta forma, a suspensão das visitas (exceto dos advogados), trabalho e a formação escolar deveria ser alargada a todas as cadeias, de acordo com o responsável. “Se isto não acontecer corre-se um risco sério de vir a crescer o número de reclusos, guardas e funcionários infetados com a covid-19, devido ao contacto com as visitas e à maior circulação de reclusos”, sublinhou.
Atualmente, são três as prisões que apresentam uma elevada taxa de infeções: Tires (mais de 150 casos), o Estabelecimento Prisional de Lisboa (89 casos) e a cadeia de Guimarães (23 casos). Nestas três prisões estão proibidas as visitas e as atividades laborais e escolares.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, nos estabelecimentos prisionais do Porto, Castelo Branco e Bragança também há casos de covid-19, mas já se encontram em recuperação.
Jorge Alves frisa ainda ao Expresso que pode “gerar revolta” entre os reclusos o facto de existirem prisões abertas e outras fechadas.