Covid-19: Reino Unido assina acordo de (mais) 50 milhões de vacinas para combater novas variantes

O Reino Unido assinou esta sexta-feira um acordo de 50 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus, enquanto intensifica os esforços para combater as variantes mais resistentes à doença viral e aos anticorpos produzidos pela vacina, avança o ‘Daily Mail’.

As novas estirpes da doença causaram preocupações em todo o mundo, depois de testes terem revelado que algumas podem ser capazes de evitar a imunidade desencadeada pela vacinação, deitando assim por terra todo o esforço conseguido até ao momento.

Mas o acordo, assinado hoje entre Downing Street e a empresa de biotecnologia alemã CureVac, visa reforçar o arsenal do Reino Unido contra estas ameaças emergentes e manter os meios um passo à frente do vírus.

As autoridades britânicas ainda não confirmaram quais são em concreto as mutações que têm como alvo, mas é provável que inclua a variante sul-africana que, segundo testes científicos, pode tornar as vacinas ligeiramente menos eficazes.

As vacinas agora adquiridas são baseadas em mRNA, a mesma tecnologia usada pela Pfizer/BioNTech, que se mostrou mais de 90% eficazes e seguras nos ensaios clínicos. O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, anunciou o acordo, garantindo que o Reino Unido vai continuar a «oferecer um elevado nível de proteção contra o vírus e salvar vidas».

Jonathan Van-Tam, vice-diretor geral de saúde de Inglaterra, disse que as novas vacinas são necessárias para «oferecer a melhor proteção possível», uma vez que o vírus continua a sofrer mutações. «Ser capaz de criar essas novas vacinas rapidamente permitirá que os nossos cientistas se mantenham à frente do vírus, como fazem todos os anos com a vacina contra a gripe», disse.

A CureVac tem trabalhado numa vacina de mRNA – utilizando uma proteína do vírus – que está atualmente no estágio três de testes. A União Europeia assinou um acordo de até 405 milhões de doses da sua vacina em novembro, após cinco meses de negociações.